Não saía de casa , obrigado pela gravidez da governanta, a que era preciso providenciar a horas. Bem andou porque mal nasceu um menino pôde...ir depositá-lo à roda. Era o segundo daquele conúbio com Maria.
-Deixe-me esse filhinho, Luís da minha alma! Não mo roube, e passo a vida a adorá-lo de joelhos!...
Qual, teve de fechar o coração a tais brados, que a voz da fidalguia, os interesses do morgadio e a sua comodidade pessoal falaram mais alto. Para que se tinha inventado, se não para acudir a estes percalços dos morgados e da gente honrada, aquela tramóia caridosa da roda?!
5 comments:
Sabes que a roda voltou a ser moda? Até na China e no Japão...
Beijinhos
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pois ...na China já nada me admira!
e por cá as "rodas" são outras para acudir ao desvario dos morgados, aos filhos que incomodam ou não se queriam ...tanta coisa...
Nao li "A Casa Grande de Romarigães" de Aquilino Ribeiro.
Mas sei que iria entusiasmar-me, tal como me aconteceu com muitos outros, escritos nessa altura...
Quando este romance foi publicado era eu um garoto...
Já li este livro de Aquilino há um bom par de anos.Este tema dos filhos ilegítimos sempre foi tabu entre a fidalguia. Quantas crianças poderiam ter tido uma vida desafogada e acabaram vivendo na miséria.
Que tristeza estas mentalidades!
beijinhos
Há pouco tempo apareceu no Fantástico (GNT) o convento das Carmelitas que possuía esta roda. Hoje ela serve para colocarem donativos para os pobres: roupas, alimentos.
Hoje em dia já não se esconde tantos os filhos ilegítimos. Até pelo contrário. Elas procuram sair na Caras e aqui acabam posando para a Playboy.
Os tempos mudam, o caráter muda e a roda também.
No "final da ópera", tristes crianças!
beijos e a lindinha??
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