«Tu não sabes que quando se ama apaixonadamente alguém, quando se sente como eu sinto por ti, um amor louco, é inteiramente impossível pensar noutra, gostar doutra e que mesmo um insistente olhar estranho nos inspira tédio e nojo?
Não sabes que um grande amor não admite nenhuma partilha, que um grande amor nos toma todo o nosso ser e que tudo aquilo que não é o nosso amor não é nada, absolutamente nada, pois tudo no mundo cessa de existir?
Não sabes tu isto?
Então desconheces em absoluto o fundo do meu coração, nada sabes de mim, nem da força nem da delicadeza do meu amor por ti. Não tenhas dúvidas, por Deus te peço, pois ter-te a ti é tudo quanto posso aspirar na vida. Amo-te com puro amor, mais forte do que tudo no mundo, a ponto de preferir morrer a perder-te. E tanto é assim que tenho-te presente aqui, aqui diante de mim, de manhã, à tarde, a toda a hora do dia e de noite, deliciando-me em sonhos.
A tua imagem persegue-me por toda a parte. Vejo-te em tudo, oiço-te em tudo.
Às vezes a tua voz fala a meu lado, distintamente, como se estivesses presente, te visse, te ouvisse. Estou por meu bem endemoninhado por ti! Meteste-te dentro de mim. É um furo no meu coração e cada vez te cravas mais! Cada vez mais me alucinas.
Não me posso vencer, és para mim uma atracção fatal , uma vertigem horrível e deliciosa. É que este amor agita-me na alma os sentimentos mais opostos, as dores e os prazeres mais contraditórios, que nem sabia que tinha em mim. São como vês, injustificados os teus receios. Sou teu e só teu, está certa.
Se eu até tenho medo de ti, isto é medo de te amar demais... E amar demais será amar bastante.
Tu és, tu resumes tudo o que eu sonho. Eu só te amo a ti, suavíssimo ideal de ternura, aventurosa estrela que deverias ter esperado para percorrer o céu e poder guiar a minha vida, toda a minha vida, toda em amor por ti, e como eu lamento ter perdido os teus primeiros raios.
Oh doce amor , como eu te adoro. Tu és tudo o que me comove na vida. Tu devias ser minha, e se há um Deus bom e terno, como por vezes gostaria de acreditar, esse Deus deveria reunir as nossas duas almas por toda a eternidade. Sim, as nossas duas almas devem fazer uma só.
Beija-te doidamente o teu e só teu ...
Novembro de 1914»
Assim se amava no inicio da 1ª Grande Guerra. ..
Não sabes que um grande amor não admite nenhuma partilha, que um grande amor nos toma todo o nosso ser e que tudo aquilo que não é o nosso amor não é nada, absolutamente nada, pois tudo no mundo cessa de existir?
Não sabes tu isto?
Então desconheces em absoluto o fundo do meu coração, nada sabes de mim, nem da força nem da delicadeza do meu amor por ti. Não tenhas dúvidas, por Deus te peço, pois ter-te a ti é tudo quanto posso aspirar na vida. Amo-te com puro amor, mais forte do que tudo no mundo, a ponto de preferir morrer a perder-te. E tanto é assim que tenho-te presente aqui, aqui diante de mim, de manhã, à tarde, a toda a hora do dia e de noite, deliciando-me em sonhos.
A tua imagem persegue-me por toda a parte. Vejo-te em tudo, oiço-te em tudo.
Às vezes a tua voz fala a meu lado, distintamente, como se estivesses presente, te visse, te ouvisse. Estou por meu bem endemoninhado por ti! Meteste-te dentro de mim. É um furo no meu coração e cada vez te cravas mais! Cada vez mais me alucinas.
Não me posso vencer, és para mim uma atracção fatal , uma vertigem horrível e deliciosa. É que este amor agita-me na alma os sentimentos mais opostos, as dores e os prazeres mais contraditórios, que nem sabia que tinha em mim. São como vês, injustificados os teus receios. Sou teu e só teu, está certa.
Se eu até tenho medo de ti, isto é medo de te amar demais... E amar demais será amar bastante.
Tu és, tu resumes tudo o que eu sonho. Eu só te amo a ti, suavíssimo ideal de ternura, aventurosa estrela que deverias ter esperado para percorrer o céu e poder guiar a minha vida, toda a minha vida, toda em amor por ti, e como eu lamento ter perdido os teus primeiros raios.
Oh doce amor , como eu te adoro. Tu és tudo o que me comove na vida. Tu devias ser minha, e se há um Deus bom e terno, como por vezes gostaria de acreditar, esse Deus deveria reunir as nossas duas almas por toda a eternidade. Sim, as nossas duas almas devem fazer uma só.
Beija-te doidamente o teu e só teu ...
Novembro de 1914»
Assim se amava no inicio da 1ª Grande Guerra. ..
3 comments:
A verdade é que hoje também se pode amar assim; a diferença é que antes achava-se normal agora acha-se doença
Uff, que até sufoca!!
Mas ainda há amores desta qualidade, não há? Não me desiludas:))
Mas afinal o que é o amor?
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