Friday, September 12, 2008

O nardo





Era uma tarde quente de Agosto. O nardo estava ressequido com as folhas murchas e amarelas. Passaram anos desde que a antiga dona o acarinhava e regava, consolando-o com palavras doces, murmuradas em voz baixa.


Depois que ela morrera, a casa fora deitada abaixo e reconstruida, vinham agora os filhos e os netos de vez em quando ,mas o nardo , esse passava muitos e muitos dias de solidão sentindo a saudade das mãos que outrora o acarinhavam.


Então , ela chegou e reparou na secura dele, na tristeza que o consumia. Primeiro, deu-lhe água fresca para o alimentar; depois partiu-o em três : um vaso ficou naquela casa em que sempre estivera, outro foi para uma neta e outro levou-o consigo lá para Sintra.


Amorosamente, tratou dele e o bolbo deu folhas e flores lindissimas, de um perfume maravilhoso, semelhante ao jasmim , seu vizinho. Nunca antes tinha tido nardos nem lhe conhecia as caracteristicas. A planta que antes era da sogra, revivia agora na sua casa, inundando-a de paz e amor.


Para saber mais sobre o significado dos nardos, veja aqui


5 comments:

Violeta said...

Surpresas da simplicidade da vida.
Gostei do Nardo.
bom fim de semana

Hands of Time said...

Adoro o cheirinhooooooo!!!! :D

Justine said...

Tão belas são as tuas palavras, que o perfume do nardo ficou a pairar por aqui, à minha volta:))

Maria Cristina Amorim said...

Não o conheço, mas vou ter de arranjar um para mim, hehehe
Beijos.

Espaço do João said...

Até servia como bouquet de noiva. O Nardo é uma flor de rara beleza e de perfume inebriante.