Wednesday, June 30, 2010

Petúnias vermelhas

Petúnias do meu quintal
Vermelho
No Feng Shui, é uma cor que pode estimular as áreas de relacionamento afetivo, sucesso, auto-estima, fama e prosperidade.
Está ligada ao elemento fogo e, por este motivo, deve ser usado com muito cuidado e em pequenas doses, pois é uma cor excitante e estimulante.
No quarto de casal, ativa a sexualidade.
Na sala ou cozinha estimula o apetite e a fala.
Em excesso, provoca brigas, confusões e explosões de humor.
Decoração: Todo cuidado é pouco na hora de se aplicar esta cor nos ambientes.
É uma cor muito energética e vibrante, pode provocar excitação e nervosismo
quando aparece em excesso.
Em pequenas doses, traz aos ambientes um ar de glamour e até exótico.
Em demasia, pode ser vulgar.
(Franco Guizetti)

Wednesday, June 23, 2010

Dornes e as margens do Zêzere

Em Dornes, deixaram para trás a Torre pentagonal dos Templários , as margens do Zêzere, a Igreja atribuida à Rainha Santa Isabel
a praia fluvial da Foz do Alge


e a aldeia serrana antes da descida para Castanheira de Pera


dias , momentos, horas que guardam na memória
que ficam perpetuados para sempre neste espaço
outrora , escreviam-se cartas , diários intímos e secretos
hoje publicam-se textos e fotos
ao alcance de todos, por apenas um click de rato
e que cada um é livre de comentar (ou não).
Perguntaram-me um dia porque fazia um blog
Acima de tudo , para minha satisfação pessoal
para relatar o que me vai na alma
para transmitir acontecimentos marcantes
na minha vida.
Simplesmente, pelo gosto de escrever.


Monday, June 21, 2010

Aldeias de Xisto

Encontraram-se na aldeia de Perdigão, numa qualquer manhã de sol, como se fossem dois jovens namorados, dois amantes fugitivos, seus corações batendo como se fosse mais uma primeira vez, os rostos denunciando um sorriso cúmplice.
Seguiram por uma estradinha secundária, serra acima, pequenas aldeias aqui e além, comeram cerejas pelo caminho, pararam para ver o rio, estudar o mapa...
Em Álvaro, aldeia de xisto referenciada pensavam almoçar e fazer uma visita. Mas logo mudaram de ideias : o local tem pouco interesse, o restaurante junto do rio nada tinha para comer e andaram muitos kilometros até conseguirem petiscar qualquer coisita.

Depois, detiveram-se na Fraga da Pena, fizeram todo o percurso das cascatas, beberam água da serra , molharam os pés como se fossem de novo crianças, encantaram-se com a beleza do local
desceram aos antigos moinhos


contemplaram as pequenas flores dos montes


e seguiram até Piodão, a serra toda ornada de turbinas eólicas


No dia seguinte, rumaram à Lousã e tomaram a direcção da placa Aldeias de Xisto, uma estradinha de montanha, estreita mas alcatroada, isto é, o alcatrão desapareceu após os primeiros metros e passou a terra batida esburacada, nalguns locais de muito dificil acesso.
No entanto, a paisagem envolvente era magnifica e não desistiram, sobretudo depois de avistarem muito ao longe o Talasnal, aldeia serrana que se perde na memoria dos tempos, mas cujos primeiros habitantes se teriam aí fixado em meados do séc XVI.


Chegar aqui é uma verdadeira aventura, a aldeia praticamente deserta - um brasileiro a arranjar o carro e que informou que ninguém lá habitava; o senhor do Café onde se podem provar licores caseiros, bolinhos de castanha e amendoa e comprar algumas ervas de cultura biológica. Visitaram uma das casinhas onde é possivel pernoitar e lamentaram não ter ficado por ali.


Numa outra rua , estavam três gatos - um preto, um malhado e um amarelo que ficou na esquina . Ela deu-lhes do que tinha para comerem e por ali ficaram, pouco habituados a visitantes .
O Talasnal e outras aldeias por perto , foram reconstruidas com fundos comunitários e comparticipação da Câmara da Lousã. A estrada de acesso está impraticavel em muitos locais. Os últimos habitantes morreram ou abandonaram o local, devido à falta de condições. As aldeias foram recuperadas , têm luz, têm água, ruas e vielas, têm Turismo de Habitação e até um restaurante. Mas os actuais donos das casas moram em Coimbra ou Lisboa. Só há indicações para os percursos pedestres (diga-se a verdade que talvez seja mais prático e mais rápido). Mas um projecto desta dimensão não merecia outro empenhamento dos organismos oficiais, do Turismo, das Câmaras envolvidas ?

A Cor do Banzão







Em Colares não temos apenas os vinhos, o canto, a natureza, os patos que povoam o Rio das Maçãs...
Há muito mais !

E que tal uma visita a
A Cor do Banzão ?
Pode ir de autocarro, eléctrico, bicicleta ou qualquer outro transporte próprio.
Não perca. Aproveite. Venha disfrutar.

E mais não digo...

Friday, June 18, 2010

Solesticio de verão - 13 conselhos para a vida

Vinhos de Colares




D. João I, em 20 de Agosto de 1385, logo após a Batalha de Aljubarrota, entrega, por doação, a Vila de Colares ao Contestável D. Nuno Álvares Pereira. D. Manuel I, que atribuiu o Foral a Colares em 10 de Novembro de 1516, aumentou os privilégios que gozavam os agricultores da região. O que deu novo impulso à vinha. Nos documentos comprovativos o aviamento e carregamento das naus que se destinavam à Índia, nota-se que o vinho de Colares era um dos preferidos. Por esta altura, na Crónica do Imperador Clarimundo (1520), D. João de Barros faz larga referência aos frutos do vale do Rio das Maçãs e, nomeadamente, ao vinho de Colares. Estes elementos que vimos anotando, apenas corroboram a tradicional afirmação que desde o séc. XIII, tem carta de nobreza o afamado Ramisco de Colares. Vê-se, assim, que desde o século XIII, o vinho de Colares tem carta de nobreza, sendo levado frequentemente às mesas reais. Em 1865, os vinhais do país foram, em grande parte, devastados pela filoxera. Mas os vinhais de Colares ficaram incólumes, para o que muito contribuíram as condições dos terrenos arenosos, em que o terrível insecto não encontrou modo de penetrar. Por isso, a categoria do vinho de Colares impôs-se, fazendo dele o primeiro vinho de mesa nacional.
O Vinho e a Vinha
As vinhas desta região, situadas próximo do mar e sujeitas aos ventos marítimos muito fortes, são protegidas por paliçadas de canas, conferindo um aspecto muito especial a esta paisagem vinícola. Colares, pela sua natureza geológica, divide-se em duas sub-zonas: "chão de areia" (região das dunas) e "chão rijo" (solos calcários, pardos de margas ou afins).As características únicas do vinho de Colares devem-se às castas, solo e clima temperado e húmido no Verão e, ainda, ao facto de 80% da vinha estar instalada em "chão de areia", respeitando a prática tradicional de "unhar" a vara de "pé franco" no estrato subjacente à camada de areia.
O vinho de Colares só atinge a sua máxima qualidade passados vários anos, embora o estágio mínimo seja de 18 meses. Dado o longo estágio a que o vinho é obrigado, a comercialização é muito limitada, podendo a região de Colares tornar-se uma espécie de santuário para os conhecedores deste vinho.
A Região Demarcada
Colares, reclinada sobre duas colinas da Serra de Sintra, é região demarcada desde 1908.
A carta de Lei de 1908 reconhecendo Colares como vinho de tipo regional, foi o diploma que criou a região demarcada, património de elevado grau de raridade, senão único, em todo o mundo vitícola.
A região está confinada a uma zona de terrenos de areia solta da era terciária, assente sobre uma zona argilosa do cretáceo, que em tempos recuados se admite ter sido pertença do mar e onde as videiras desenvolvem as suas raízes.
A área geográfica correspondente à Denominação de Origem "Colares" compreende as freguesias de Colares, São Martinho e São João das Lampas. mais...

Tuesday, June 15, 2010

Rua de Lua - na Adega de Colares

Rua da Lua 16 de Junho 21h30 Adega de Colares
Rua da Lua
Se o sol marca o ritmo das artes mecânicas, impõe a rotina daqueles que despertam todos os dias à mesma hora, a lua é a música dos mares e marés. É também a lua que nos ensina a arte do retardamento e do recomeço dos ciclos. E mente-nos de duas maneiras: aparecendo em forma de “C” quando não está crescente, e fingindo-se nova quando sabemos que é sempre a mesma lua que retoma a sua forma de invisibilidade antes de regressar ao círculo cheio.
Era inevitável, neste culto do planeta mentiroso, que os Maria Lua sentissem o apelo das marés e dos seus ciclos. Também eles se descobrem novos, apesar de regressarem à mesma nostalgia da voz magoada do fado, à mesma alegria das concertinas no adro das igrejas, à mesma universalidade de uma worldmusic que insiste em falar português. Tudo isso passa por um trabalho mais cuidadoso sobre os instrumentos, transformados numa calçada irregular, num desenho de mil fragmentos sobre os quais novas vozes podem agora caminhar.
Os Maria Lua renascem, como a lua nova, novos e os mesmos, porque se querem mais chão para novas vozes do que corpo de sons perfeitos, chamam-se agora RUA DA LUA, e fazem a sua estreia no 45.º Festival de Sintra.

Ficha Artística e Técnica
Carlos Lopes Acordeon
Manú Teixeira Percussão
Rui Silva Contrabaixo
Tiago Oliveira Guitarra Clássica
Rita Damázio Voz
Paulo Correia Projecto de Luz
Paulo Gomes Projecto de Som
Silvia Rebelo Direcção de Produção
Mais informações aqui

Monday, June 14, 2010

Contrastes ao pequeno almoço

Ele acordou cedo, olhou para ela e sorriu. Paula fez-lhe uma caricia no rosto. Levantaram-se, sózinhos em casa. Ela abriu os estores, deixando entrar o sol. Começou a pôr a mesa do pequeno almoço, sem pressas, com uma ternura cuidada, ageitando as flores na jarra. Aqueceu o leite , deitou-o na chávena, juntou o café. Bebeu-o sem açucar , como de costume. Abriu o iogurte para ele, preparou uma fatia de pão. Sentaram-se os dois sorrindo, aproveitando aqueles últimos momentos.
Ele levantou-se, vestiu o casaco, abriu a porta pegando nas bagagens que ela ajudou a arrumar no carro que o levaria de novo para longe. A manhã estava linda! Beijaram-se uma vez mais.

- Quinta -feira à noite já lá estou - sussurou ela ...

Fecou a porta. Entrou em casa. Lembrou-se de um outro "pequeno almoço" em tudo contrastando com este

Déjeuner du matin (Jacques Prevert 1946)
Il a mis le café dans la tasse
Il a mis le lait dans la tasse de café
Il a mis le sucre dans le café au lait
Avec la petite cuillère il a tourné
Il a bu le café au lait
et il a reposé la tasse
Sans me parler
Il a allumé une cigarette Il a fait des ronds avec la fumée
Il a mis les cendres dans le cendrier
Sans me parler sans me regarder
Il s'est levé Il a mis son chapeau sur sa tête
Il a mis son manteau de pluie parce qu'il pleuvait
et il est parti sous la pluie sans une parole
Sans me regarder

Et moi j'ai pris
Ma tête dans ma main

Et j'ai pleuré

Friday, June 11, 2010




























O Willy e o Kevin fariam hoje 14 anos. Já os dois partiram para outras corridas e outras brincadeiras,
deixando entre nós um vazio imenso, apesar de continuarmos sempre a sentir a sua presença, a sua companhia . Mas o pai deles Shará esteve connosco 17 anos e a mãe Pepita chegou aos 15. Kevin e Willy nasceram de cesariana , um parto dificil pois a mãe já não estava na flor da idade e escondeu a gravidez até ao fim! Todos tiveram uma vida de muito amor e muita liberdade. E todos eles souberem tão bem retribuir!! Por isso não os esqueceremos nunca.

Wednesday, June 9, 2010

Limpando ...


Cansou-se das limpesas, das limpadoras, das empregadas, das mulheres-a-dias, que apenas faziam o que lhes apetecia e iam embora sem dar cavaco, num desrespeito total por quem as tratava bem e lhes dava trabalho e dinheiro a ganhar. Acabou-se - disse ela - não quero cá mais ninguém em casa. E foi fazendo a limpesa conforme podia, ao sabor dos dias, do trabalho, da familia e da disponibilidade (pouca) de cada um . No final do Inverno a casa estava um caos, depois de meses de chuva , de mau tempo, de humidades. Bem que se lembrou da professora de Economia Doméstica e do caderno de apontamentos que ela as obrigava a manter com os sumários em dia e as aulas todas passadas a limpo e de como lhes exigia que descrevessem rigorosamente como efectuar a limpesa da primavera...sim , que o caderno deitara-o pró lixo mal o ano lectivo acabara...Deu voltas à cabeça . O marido recusou-se a continuar a aspirar a casa, que estava farto e tinha mais que fazer. Ela estava sem forças e sem tempo preferindo canalisar o seu emprendedorismo noutras modalidades.
Um dia , ao chegar a casa viu uma carrinha dessas empresas de limpesas domésticas. Foi à net pesquisar, pediu orçamentos , preços, horas , condições. Susana veio ver a casa, explicou tudo direitinho como fazia e quanto custava. Marcaram o dia. Trouxeram as máquinas, o aspirador e os produtos. Deixaram tudo a reluzir, desinfectado, a cheirar bem. Entregaram a factura que pagou por transferencia bancária. Que os tempos são outros.
E aqui para nós, nunca quiz saber das aulas de Economia Doméstica para nada!

Monday, June 7, 2010

Ricky desaparecido

DESAPARECIDO

Saí de casa pelas 11h da manhã e viu-o a sair de casa e correr rua acima... parece que depois disso ninguém mais o viu...
Foi no sábado. O Ricky andava sempre atrás dos donos e vinha muitas vezes passear à rua, sem trela, com as meninas. A rua é tranquila, com um jardim mesmo ao lado da porta onde ele morava, mais ao fundo há um parque onde costumava ir ao café com o dono. Subiu rua acima e ninguém mais soube dele. À noite, as meninas andaram a colar cartazes em todas as portas, o Ricky não voltou a aparecer. As meninas nunca mais brincaram.

Se souber alguma coisa acerca do Ricky, não o que está na foto mas parecido com ele, mais acinzentado e mais pequenote ainda, com cerca de cinco anos , diga alguma coisa.
Quem terá feito mal ao Ricky ?