Thursday, January 10, 2008

A soma dos dias



Dizem os budistas que a vida é um rio, que navegamos numa balsa em direcção ao nosso destino final. O rio tem a sua corrente, a sua velocidade, os seus escolhos e remoinhos, e ainda outros obstáculos que não podemos controlar, mas temos um remo para dirigir a embarcação sobre as águas. É da nossa destreza que depende a qualidade da viagem, mas não podemos mudar o percurso, que termina sempre na morte. Às vezes, não temos outro remédio senão abandonar-nos à corrente. Respirei fundo , estiquei a minha exigua estatura e dei uma palmada no ombro do meu marido.


-Endireita-te, Willie. Temos de remar.





Isabel Allende - A Soma dos Dias

6 comments:

mulher a dias said...

É o que eu digo sempre: temos que remar. Um dia feliz para si, menina.

Leonor C.. said...

É assim mesmo, Willei, endireita-te que temos de remar. Nem que seja contra a maré!

Beijos


HOJE E AMANHÃ

sa.ra said...

Olá, viva!

a ideia de que a vida é como um rio é-me perfeitamente familiar

sinto-o

beijinho

Tem um dia muito feliz

Rodolfo N said...

La vida es un rio que lleva a otra vida mejor...
Beijos

maresia_mar said...

Olá
Bom ano pra ti querida! Pois temos sempre que remar contra a maré...
Bom fds e bjhs

a d´almeida nunes said...

Cá vamos andando, sempre a remar.
O que me incomoda é que está cada vez mais difícil estabelecer um rumo certo, tantos são os braços de mar pela frente, qual deles com destino mais incógnito. Onde iremos parar?...
Beijos
António