Tuesday, January 29, 2008

carnavais


A ANIMAL, organização não-governamental de defesa dos direitos fundamentais dos animais não-humanos, requer, nos termos da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, ao Governador Civil de Viseu, ao Director Regional de Agricultura e Pescas do Centro, aos Comandantes do Grupo Territorial e do Destacamento Territorial da GNR de Viseu e ao Presidente da Câmara Municipal de Vouzela que intervenham nos termos da lei impedindo a violentação de um gato nas festas de Carnaval da aldeia de Campia, em Vouzela. Depois de, desde o início desta semana, ter corrido na Internet uma denúncia pública de crueldade contra um gato referente às festividades de Carnaval que se farão em Campia, concelho de Vouzela, essa informação chegou à ANIMAL através de diversas pessoas. Essa denúncia chegou também a diversos órgãos de imprensa, entre os quais o “Jornal de Notícias”, que hoje publicou um artigo acerca dos mórbidos planos da Comissão de Festas de Campia para fazer aquilo que surge descrito abaixo, conforme publicado no “JN” :«[…]no dia de Carnaval, os organizadores “caçam” um gato na rua e metem-no num cântaro de barro, onde fica fechado até à hora da festa. Depois, no largo da aldeia, há um mastro forrado com palha, e o cântaro é elevado por cordas, até ao cimo do pau altaneiro. No fim do desfile do Carnaval é lançado o fogo ao mastro, que queima a palha e depois a corda que segura o cântaro. O púcaro de barro cai e desfaz-se em mil cacos. É então que o gato, sentindo-se livre, corre desnorteado, tendo ainda à perna foliões mascarados que o perseguem, alguns de paus e tenazes na mão, tentando apanhá-lo.» (In “Jornal de Notícias”, edição de 23/01/2008,http://jn.sapo.pt/2008/01/23/norte/crueldade_gato_abre_polemica_campia.html).O primeiro passo da ANIMAL foi contactar a Junta de Freguesia de Campia a respeito deste caso, donde um funcionário não só confirmou que estas aberrantes festividades estão a ser planeadas para decorrerem nestes moldes como também adiantou que, parecia-lhe, a prática acima descrita não careceria de licença e é lícita. Tal bastou para que a ANIMAL, diante desta confirmação, avance com o segundo passo, que será enviar imediatamente um ofício a todas as autoridades regionais e locais – Governador Civil de Viseu, Director Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Comandantes do Grupo Territorial e do Destacamento Territorial da GNR de Viseu e Presidente da Câmara Municipal de Vouzela – com uma denúncia formal dos referidos planos para a prática de um acto que, além de tremendamente cruel, é ilícito, com uma exposição sobre a ilicitude de um acto desta natureza e o seu enquadramento legal (nomeadamente quanto às sanções legalmente previstas para o mesmo), e requerendo a estas mesmas autoridades que, nos termos do art.º 10.º da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, e nos mais previstos nos Decretos-Lei n.º 276/2001, de 17 de Outubro, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 315/2003, de 17 de Dezembro, accionem os meios necessários para impedirem esta barbárie que está publicamente anunciada, havendo tempo mais do que suficiente para, com a antecedência necessária, as mesmas autoridades notificarem formalmente a Comissão de Festas de Campia e a Junta de Freguesia desta localidade de que devem abster-se de cometer os actos que publicamente confessam pretender praticar.Pela parte da ANIMAL, há que salientar dois pontos essenciais quanto a este caso:· Em resposta a várias pessoas que o contactaram, o Presidente da Câmara Municipal de Vouzela refere que não tem poder, autoridade ou meios para impedir esta prática – quando, na verdade, as câmaras municipais, os seus presidentes e os seus médicos veterinários municipais estão especificamente definidos nos diplomas acima referidos como autoridades competentes para garantir o cumprimento das normas previstas na legislação vigente de protecção dos animais que a Comissão de Festas de Campia quer infringir –, o que mais uma vez mostra como as autoridades legalmente competentes para impedirem a violência exercida contra animais ilicitamente em Portugal de um modo geral não intervêm e não a impedem, seja por não saberem que deveriam intervir, seja por não quererem saber que deveriam intervir;· De uma vez por todas, cabe à Assembleia da República estabelecer uma nova e forte lei de protecção dos animais, que, a bem dos animais do país, olhando para as suas necessidades de protecção legislativa do presente e do futuro, deve ser formulada como um Código de Protecção dos Animais nos termos propostos no “Manifesto ANIMAL – Proposta Orientadora para um Código de Protecção dos Animais”, que a ANIMAL está a defender junto do Parlamento (e a promover e defender todas as semanas nas ruas de Lisboa e do Porto), pedindo aos deputados e grupos parlamentares que a adoptem enquanto projecto-lei para uma nova lei de protecção dos animais e que a aprovem urgentemente e de forma firme, para que os animais de Portugal possam, finalmente, vir a ter a protecção legislativa que merecem e que lhes é indubitavelmente devida, e para que seja enviada uma forte mensagem, sob a forma de lei, de que a crueldade não é admitida e é legalmente tratada como crime, para, entre outros destinatários, quem em Portugal escolha festejar o Carnaval perseguindo um gato, mantendo-o preso num cântaro suspenso por cordas, aquecendo esse mesmo cântaro num fogo que deverá queimar também as cordas que o seguram, para que o mesmo caia e se parta, de modo a que o pobre gato possa – se ainda conseguir – fugir, e para depois perseguir ainda o mesmo gato com paus e tenazes, tentando apanhá-lo. Manifesto ANIMAL.org :: Pelo Fim dos Crimes Sem Castigo :: Animal. org.pt
Por favor, não guarde esta mensagem apenas para si: Reencaminhe-a para as pessoas que conhece que também se preocupam com os direitos dos animais
Saiba mais sobre outros espectaculares tradições carnavalescas na PANDORA

Monday, January 28, 2008

O PODER DA MENTE



A sua vida é afectada pelo pensamento inadequado e não treinado. O seu futuro pode mudar devido a pensamentos casuais ou poderosas emoções. Observando e compreendendo quais são as correntes de pensamento que atravessam a mente , e controlando o modo de pensar, ficará apto a dar inicio à clarificação e eliminação de pensamentos que lhe causam danos e inibições, e o mantêm num estado de sofrimento, e poderá , ao mesmo tempo, seleccionar pensamentos geradores de felicidade e bem estar no corpo e na mente, bem como na vida em geral.

...Habilita-nos a descobrir o significado mais profundo da vida, de modo a poder fazer dele a vida que realmente queremos viver.

Os nossos pensamentos criam as nossas vidas, fazem-nos felizes, enfermos ou bem sucedidos. Os nossos pensamentos podem poluir o nosso planeta através das acções que empreendemos.


Christopher Hansard – A Arte do pensamento positivo

Uma resposta ao comentário da nice no meu anterior post. Nem sempre as atitudes divulgadas no blog são a melhor forma de agir. A acção da nossa mente é poderosa , muito poderosa!

Mas ela tem um assunto para resolver , com muito amor e muita urgência. Saibam mais


Friday, January 25, 2008

Luas...

e de repente, não mais que de repente, vi-me com a manhã desocupada, livre , liberta , FREEEEEEEEEEEEEEEE... às dez horas, sem compromissos....
Liguei para a Maria : vamos não vamos, tal e tal , encontramo-nos na esplanada do Lago.
Cheguei primeiro, levei o cão e fui saborendo o sol e o café; ela chegou logo a seguir e pediu o seu abatanado, tal como o meu pai sempre bebia , curiosamente ...
Mulheres à conversa nunca mais se calam, claro. E depois falam de tudo : de literatura , de artes, de editoras e livreiros, dos maridos , de namoros antigos, dos filhos, de sonhos , de terapias de cores e outras , de espiritualidade e de aparições, de orações e meditação, de bruxas e pesadelos, suores frios e receitas de comida, de bordados e outras bordaduras, de doçuras e ternuras, de viagens feitas noutros dias ...
mas falam sobretudo pelo prazer de comunicar, de partilhar , de expandir o que lhes vai na alma, de dizer o que por vezes se tem de calar.
Esta é a minha forma de lhe agradecer. E só agora reparo que são duas luas a falar uma com a outra : eu, fases da lua com a


Obrigada, Maria!



Wednesday, January 23, 2008

escolhas


decidia-se a admissão de duas crianças num Centro de Apoio Comunitário. As Assistentes Sociais tinham feito o seu trabalho, analisado o agregado familiar e o rendimento de cada familia.

Uma das crianças era filha única e os dois pais trabalhavam, estando a criança entregue a uma ama.

No outro caso, dizia-se que a familia era monoparental, sendo o agregado familiar de cinco pessoas e a menina estava a cargo da mãe. Alguém comentou que as mães solteiras podem ser suspeitas, embora o processo não revelasse o estado civil ou a composição desses cinco elementos.


A opção foi feita para a primeira menina.

Monday, January 21, 2008

O gato


Numa noite de chuva, no Inverno passado , ouvimos meados aflitivos. Depressa percebemos que vinham das condutas da água, debaixo dos passeios. Estava lá um gato que fugiu assustado quando abrimos as grelhas para ele saltar. Andámos nisto vários dias até que um vizinho mais habilidoso e paciente pôs uma tábua pelo buraco abaixo e ele convenceu-se a subir. Comeu e bebeu, limpou-se e ficou abrigado num carro velho que há naquela rua. Os vizinhos revezam-se para lhe dar de comer, para lhe dar mimos e festas e ele passeia tranquilamente pela rua, põe-se no encalce de pardais e ratos, como compete a qualquer gato. A Teresa quiz adoptá-lo. Ele conhece-lhe o carro à légua e segue-a até à entrada de casa, mas não quer entrar. E das raras vezes que ela o levou, mal se fecha a porta ele fica assanhado. Por isso continua na rua, bem tratado, muito amado mas de portas abertas. Está gordo, lustroso e tem um ar feliz!


Um dioa destes , ao chegar a casa , vi alguém perto do carro que lhe serve de casa. Esse alguém falava ao telemóvel anunciando que estava ali o gato, que encontrara o gato e acocorado no chão procurava convencer o animal a sair debaixo do carro, mas o gato nem se mexia...

Quando desligou, disse-lhe que o gato estava ali há muitos meses , tinha sido encontrado dentro da sargeta e várias pessoas o tratavam - por isso estava tão bonito!

"O gato é da minha filha, foi para a Suiça de férias e deixou o gato fechado para eu lá ir tratar dele; quando cheguei estava tão assustado que fugiu porta fora e nunca mais o vi!"

Pois... - disse eu, desejando mentalmente que o gato não tornasse a ir com ele e percebendo demasiado bem porque motivo o gato não aceitava ficar na casa da Teresa.

O homem continuou a insistir de pau em riste para empurrar o gato. Ainda o ouvi dizer : ó meu cabr~... então não sais daí?

Nessa noite , não vi mais sinais do gato nem do homem nem do carro em que ele vinha. Imaginei o pior.

Mas na manhã seguinte, o Farrusco apareceu atrás de mim, com os seus miaus dengosos e os seus olhos meigos, expressando a sua ternura por aqueles que verdadeiramente o tratam , prezando um bem que nunca mais vai deixar de ter : a sua liberdade!


Que os humanos reflitam nisto : a liberdade pode ter um preço, mas vale mais que todos os grilhões do mundo se eles nos acorrentarem ao zelo excessivo dos poderosos que nos querem acorrentar a falsos amores, a relações dominadoras e enganosas.

Friday, January 11, 2008

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO




Animais de estimação contribuem para o bem-estar
Idosos e crianças são os mais benefícios retiram da companhia dos animais
VIVAPETS.COM

Dr. Hugo Jorge - Psicólogo
Os estudos mais recentes têm demonstrado que existem vários benefícios dos animais de companhia no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Verificaram-se níveis de solidão, depressão e ansiedade mais baixos em pessoas que possuíam animais de companhia.Um dos problemas mais comuns nos dias de hoje é o stress. A interacção com animais de companhia pode, de facto, contribuir para a redução dos níveis de stress, proporcionando um suporte emocional a muitas pessoas. Acrescenta-se, ainda, o papel de facilitadores sociais e de integração de crianças, idosos e pessoas portadoras de deficiência.
Estes são apenas alguns resultados encontrados nas centenas de estudos que já foram realizados por psicólogos, psiquiatras e médicos. Contudo, é importante referir que estes benefícios surgem apenas em pessoas que gostam e estabelecem uma ligação emocional próxima com animais.
CRIANÇAS
Há cada vez mais certeza de que a existência de um animal de companhia na vida das crianças lhes proporciona um desenvolvimento mais harmonioso, quer psicológica, quer socialmente. As crianças que possuem cães ou gatos em casa e que interagem com estes apresentam uma maior descentração pessoal e um comportamento mais pró social. Para além da facilitação e integração social, a interacção com animais de companhia contribui positivamente para a auto-estima e sentido de responsabilidade.Os animais de companhia são verdadeiros promotores da qualidade de vida das crianças, uma vez que facilitam a exploração do mundo e ajudam na construção da sua independência. Muitas crianças encaram os seus animais de companhia como parceiros de brincadeiras, aventuras e como os seus fiéis protectores. Esta visão vai mudando com o tempo, passando os animais de companhia a serem os mais íntimos confidentes e fonte de suporte emocional. Independentemente da idade, a maioria das crianças encara os animais como um amigo especial e como membro da família.
Idosos
A solidão e o isolamento social são outros problemas que têm vindo a crescer na nossa sociedade. Basta pensar na quantidade de idosos que vivem sozinhos nas cidades e aldeias do nosso país. Muitos deles possuem pouco ou nenhum suporte social. Um grande número tem um cão ou um gato. Os animais tornam-se fiéis companheiros, dando maior alegria e um sentido a uma existência que nem sempre é colorida.Alguns estudos indicam que a qualidade de vida do idoso aumenta, assim como a sua longevidade. A inserção de animais de companhia em lares tem proporcionado oportunidades para os idosos conversarem, recordarem outros tempos, assim como para a sua estimulação sensorial. DAQUI

Thursday, January 10, 2008

A soma dos dias



Dizem os budistas que a vida é um rio, que navegamos numa balsa em direcção ao nosso destino final. O rio tem a sua corrente, a sua velocidade, os seus escolhos e remoinhos, e ainda outros obstáculos que não podemos controlar, mas temos um remo para dirigir a embarcação sobre as águas. É da nossa destreza que depende a qualidade da viagem, mas não podemos mudar o percurso, que termina sempre na morte. Às vezes, não temos outro remédio senão abandonar-nos à corrente. Respirei fundo , estiquei a minha exigua estatura e dei uma palmada no ombro do meu marido.


-Endireita-te, Willie. Temos de remar.





Isabel Allende - A Soma dos Dias

Wednesday, January 9, 2008

renovação


A renovação do nosso espírito, e a satisfação da vida material, se dá com o nascer do sol: com uma planta que nasce, com o brotar da flor, com o aparecimento do fruto, com cada folha que renova, com o canto dos pássaros, com as matas povoadas de animais, com o encanto das florestas, com os rios, lagos, ou lagoas cheios de peixes, com o barulho das cachoeiras, com a água pura que mata a nossa sede, e que nos banha, com as nossas roças produzindo alimentos, para saciar nossa necessidade de perpetuação, com o entardecer, com a lua que surge para nos encantar, com as estrelas, que servem para nos guiar, com o novo amanhecer, com o nascer de uma criança, com o respeito e, o cuidado com os nossos semelhantes, com o direito de viver, e, com a nossa partida para o mundo espiritual. Enfim, com o amor e a proteção que nos relacionamos com a Mãe Natureza.
Somos parte da Terra, pedaços de torrões!

Wednesday, January 2, 2008

A fénix renascida


Quando entramos nos mês de dezembro nos aproximamos dessa morte simbólica que tem seu renascimento logo após a festa de ano novo. Essas festas acabam nos impondo um momento de reflexão. É justamente nesse período que reavaliamos tudo aquilo que fizemos e conquistamos, que pesamos o que ambicionávamos e o que concretizamos. Realizar essa avaliação causa um misto de sentimentos: alegrias e satisfações pelas conquistas e também tristeza ou decepção por aquilo que almejamos mas que não foi possível materializarmos por qualquer motivo que seja.No primeiro momento uma melancolia paira sobre nós, uma melancolia que também tem sua função, que é necessária e faz parte da jornada. Ela nos deixa reflexivos, interiorizados, ou seja, ela nos deixa em um estado propício para refletir sobre nossa caminhada, nos colocando em contato direto com todo o caminho que já percorremos.Entretanto esse sentimento apresenta um antídoto: a festa de virada de ano. É no momento da contagem regressiva, quando todos estão focados num único pensamento, que se manifesta o mito da fênix. A explosão dos fogos nos traz a sua característica de renovação; é o próprio renascer das cinzas. E então, ao mesmo tempo em que nos condenamos com severidade, sentimos que essa condenação fica para trás, pois já começamos o caminhar em um novo ciclo, vislumbramos com os olhos brilhando objetos e desejos, enchemos a mente de planos e o coração de esperança.Nesse momento vivemos o mito da fênix intensamente: o que ficou no ciclo passado entra em combustão, nosso cansaço se consome nesse fogo e tudo aquilo que queremos deixar para trás se transforma em cinzas e, então, nos enchemos de força, de esperança, de planos e de projetos. Nosso coração se renova e produzimos o momento mais belo desse ciclo ressurgindo completamente renovados para trilhar nosso caminho.Que cada um de nós possa se valer dessa oportunidade oferecida usando o aprendizado das experiências vividas, se preparando para a nova jornada com o entusiasmo de um jovem cheio de sonhos somados à sabedoria de um ancião.