Nada disto é novidade!
"O Vaticano contra Cristo"(escrito por cardeais conservadores)
que é a Cúria Romana.Toda a gente sabe que João Paulo I foi assassinado na noite do dia em que entregou ao Secretário de Estado a lista de demissões. Carlos Macedo ser chamado para
Roma é muito mau sintoma, mas não me surpreende.
Como se sabe , João Paulo I foi cúmplice de todas as tramóias e crimes, chegando ao ponto de fazer santo o nazi Escrivá, fundador
da sinistra OPUS DEI.
Que DEUS nos proteja destas criaturas que o atraiçoam. E que as ilumine, já agora!
-------Mensagem original------
Assunto: A história secreta da renúncia de Bento XVI
A história secreta da renúncia de Bento XVI – Eduardo Febbro
Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. O artigo é de Eduardo Febbro, direto de Paris.
Paris – Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba.
Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: · a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; · o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; · o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em Julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçónica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema. Tradução: Katarina Peixoto | ||
Sunday, February 24, 2013
"O Vaticano contra Cristo"
Saturday, February 23, 2013
|
Ler mais: http://visao.sapo.pt/d-carlos-azevedo-cancela-conferencia-de-imprensa=f714211#ixzz2LcaaofNi
em tempos , conheci-o, tive de lidar com ele e negociar com ele na qualidade de Chefe da Pastoral, organismo que lidera as IPSS, por parte da igreja católica.
Não gostei da forma como actuava nem da atitude que assumiu.
A verdade vem sempre ao de cima , por mais hipocrisia que haja no seio do Patriarcado de Lisbo, na Cúria Romana , no Vaticano.
Friday, February 22, 2013
Sunday, February 17, 2013
O grande desafio
Há sete anos publiquei este poema. Hoje, o DESAFIO mantém-se ...
Sexta-feira, Fevereiro 17, 2006
O desafio
Mas talvez um dia
quando as buganvilias alegremente florirem
quando as bimbas entoarem hinos de madrugada nos capinzais
quando a sombra das mulembeiras for mais boa
quando todos os que isoladamente padecemos
nos encontrarmos iguais como antigamente
talvez a gente ponha
as dores, as humilhações, os medos
desesperadamente no chão
no largo - areal batido de caminhos passados
os mesmos trilhos de escravidões
onde passa a avenida que ao sol ardente alcatroámos
e unidos nas ânsias, nas aventuras, nas esperanças
vamos então fazer um grande desafio...
Poema de António Jacinto in Antologia Temática da Poesia Africana
Friday, February 15, 2013
framboesas do meu quintal
cortou uma pernada que estava meio caída no Chão da Laja; trouxe-a bem humedecida para Lisboa e Carinhosamente plantou-a num dia de Lua Cheia
a plantinha cresceu, agradecida pela terra fértil e pela água, pelo Sol de todas as manhãs e
pelas mãos que a plantaram
qualquer dia está assim
e quando houver tantos frutos em cada pernada, poderá colhê-los, fazer licor, doce, tarte, cheesecake, crepes e tudo o mais que lhe venha à cabeça
quem dera venha já a época das framboesas, dos frutos silvestres, dos morangos e das cerejas
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Thursday, February 14, 2013
Chocolate
O Chocolate...
Os cientistas têm vindo a descobrir que o chocolate provoca a libertação de endorfinas, as "mensageiras da felicidade" do corpo, e encontraram também no chocolate vestigios de feniletilamina, um composto quimico libertado durante o orgasmo. O resultado surpreendente de um inquérito revela que 50% das mulheres confessam preferir chocolate a sexo. Os homens que em ocasiões especiais aparecem com uma caixa de chocolates de luxo estão , pela certa, à "procura da paixão".
Talvez estes homens tenham interesse em saber que a concentração do "quimico do amor" é nove vezes superior no salame, se bem que ainda ninguém tenha dito que as mulheres preferem salame a sexo.
As descobertas dos cientistas têm vindo a reforçar a ligação que existe entre as mulheres e o chocolate : nos primeiros meses da gravidez, a molécula de anandamida desempenha um importante papel na comunicação entre a mãe e o feto. Isto é o que os maias poderiam ter dito no século VII, quando veneravam a vagem do cacau como sendo um simbolo de vida e fertilidade e o fruto tinha lugar nas cerimónias religiosas.
Também os astecas acreditavam na capacidade de o chocolate transmitir conhecimento, poder e saúde. Mantiveram a tradição maia de presentear a deusa da fertilidade, Xochiquetzal, com chocolate.
Cristovão Colombo introduziu a semente do cacau na corte dos Reis Católicos. Quando por volta de 1528 o conquistador Fernando Cortez se lembrou de juntar açucar ao amargo elixir do chocolate , começou realmente a loucura.
Ao longo dos secs XVII e XVIII o chocolate foi avançando de país em país : dentro do baú do dote de Ana da Áustria (filha de Filipe II de Espanha) quando viajou para França para casar com Luis XIII ...ou seguindo Carlos V quando este se mudou para Viena em 1711.
Durante muitos anos o chocolate permaneceu uma delícia reservada à aristocracia euroeia. Paralelamente à sua expansão, foi crescendo a má reputação do chocolate enquanto afrodisiaco..
Em 1868, os irmãos Cadbury introduzem a primeira caixa de chocolates. Graças ao contributo destes homens o chocolate é hoje uma indústria que move milhões e constitui uma obsessão à escala mundial.
O chocolate é delicioso e comer coisas deliciosas deixa as pessoas bem-dispostas. Há quem diga que o chocolate é um substituto do amor. E, bem vistas as coisas, o chocolate é muito mais fiável do que qualquer amante...
(Excertos de um artigo de Judith Finn publicado no Diario de Noticias de 11Fev2006)
Monday, February 11, 2013
O PRETO
O Preto era um gato vadio. Vivia aqui pela rua , alimentado pela vizinhança. Era simpático e dedicado a quem o tratava. Fez amizade com o Browny e gostavam de brincar juntos. Ultimamente, andava muito magro e com fraco aspecto. Num dia de invernia, o sr Zé pegou nele e levou-o para casa . Ia faminto e encharcado. Petiscou alguma coisita, aconchegou-se numa caminha quente e abrigada talvez pela primeira vez na vida. Ficou assim alguns dias, comendo cada vez menos, emagrecendo cada vez mais. Depois...saltou para o céu dos gatos e não voltou mais. Por lá andará em doces ronrons agradecidos a quem o albergou, namoriscando as companheiras que por lá encontra e gozando dos rendimentos. Não tem mais fome, nem mais frio, tem agora abrigo permanente! Mas, nós por cá, sentimos a sua falta.
Friday, February 8, 2013
ao longo do Tejo
Sexta-feira é sempre um dia complicado e Paula tinha muita coisa para acabar e despachar. Entrou no carro com a sobrinha, deixaram as crianças na escola e seguiram até ao local de trabalho, na orla da serra , a uns quarenta minutos de distancia. Gostava dos miúdos que os vira nascer e também da mãe. O dia passou bem rápido e apesar de tudo conseguiu fazer tudo o que era necessário, já que só voltaria no final do mês. A tempestade apanhou-as no caminho de regresso, chovia torrencialmente e o vento não era meigo, àquelas horas da noite. Amanhã era outro dia e voltaria a Lisboa, home sweet home...
Levantou-se cedo, o sol despontava no horizonte e fazia brilhar as pequenas gotas de água que pingavam das telhados, dos fios. Os vidros dos carros estavam todos geados.
Arrumou as coisas, despediu-se das cunhadas e meteu-se a caminho. Seriam dez da manhã e queria ir almoçar em casa, a 360km . Por companhia teria apenas os seus dois cães que dormiam no banco de trás e pouco lhes importava se a dona estava ou não com as pressas : eles iam bem confortáveis.
Passou a Covilhã, passou o Fundão e a Gardunha, galgou Castelo Branco. Quando começou a avistar o Tejo, ficou mais descansada. Parou um pouco em Abrantes, para descansar e os cães darem uma volta. Chegaria a tempo para o almoço de anos, sempre gostara de conduzir, lamentava nunca ter participado no Paris-Dakar, mas agora já era tarde demais. Estrada fora , ia organizando o dia, esquematizando ideias, trabalhos, situações, projectos Tudo acontecia na sua cabeça, enquanto visualizava a distancia que lhe faltava percorrer .Sempre fora muito independente, mas os últimos três anos tinham acabado de a vacinar, quando o marido aceitou um cargo numa terra distante! O dia estava frio mas o sol brilhava, não havia chuva e os campos começavam a criar uma tonalidade verde, depois de sair da zona rochosa, da imensidão dos penhascos de granito.
No dia seguinte, a vista do Tejo foi bem outra, já perto do mar, na Praia da Poça. O dia quente e cheio de sol convidava a uma ida à praia, a uma caminhada paredão fora, a sentar na areia, a conversar tranquilamente, que ninguém levava um livro para ler. Passou-se a tarde. Eram horas de regressar, de
apanhar a roupa estendida na rua, de passear os cães, de preparar qualquer coisa para jantar, porque as rotinas são assim mesmo , por muito que se não queira. A segunda-feira chega célere e sem contemplações e não há volta a dar.
Retomam-se os horários, as idas e vindas, as saídas à pressa, as filas de transito, as ausencias de casa, a burocracite entediante de certos trabalhos que temos de assinar, o Tejo aqui tão perto rindo do nosso desassossego...
Levantou-se cedo, o sol despontava no horizonte e fazia brilhar as pequenas gotas de água que pingavam das telhados, dos fios. Os vidros dos carros estavam todos geados.
Arrumou as coisas, despediu-se das cunhadas e meteu-se a caminho. Seriam dez da manhã e queria ir almoçar em casa, a 360km . Por companhia teria apenas os seus dois cães que dormiam no banco de trás e pouco lhes importava se a dona estava ou não com as pressas : eles iam bem confortáveis.
Passou a Covilhã, passou o Fundão e a Gardunha, galgou Castelo Branco. Quando começou a avistar o Tejo, ficou mais descansada. Parou um pouco em Abrantes, para descansar e os cães darem uma volta. Chegaria a tempo para o almoço de anos, sempre gostara de conduzir, lamentava nunca ter participado no Paris-Dakar, mas agora já era tarde demais. Estrada fora , ia organizando o dia, esquematizando ideias, trabalhos, situações, projectos Tudo acontecia na sua cabeça, enquanto visualizava a distancia que lhe faltava percorrer .Sempre fora muito independente, mas os últimos três anos tinham acabado de a vacinar, quando o marido aceitou um cargo numa terra distante! O dia estava frio mas o sol brilhava, não havia chuva e os campos começavam a criar uma tonalidade verde, depois de sair da zona rochosa, da imensidão dos penhascos de granito.
No dia seguinte, a vista do Tejo foi bem outra, já perto do mar, na Praia da Poça. O dia quente e cheio de sol convidava a uma ida à praia, a uma caminhada paredão fora, a sentar na areia, a conversar tranquilamente, que ninguém levava um livro para ler. Passou-se a tarde. Eram horas de regressar, de
apanhar a roupa estendida na rua, de passear os cães, de preparar qualquer coisa para jantar, porque as rotinas são assim mesmo , por muito que se não queira. A segunda-feira chega célere e sem contemplações e não há volta a dar.
Retomam-se os horários, as idas e vindas, as saídas à pressa, as filas de transito, as ausencias de casa, a burocracite entediante de certos trabalhos que temos de assinar, o Tejo aqui tão perto rindo do nosso desassossego...
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Saturday, February 2, 2013
José
estava na aldeia, para acabar um trabalho. Foi levar o marido ao comboio que tinha uma reunião em Lisboa. Deu uma volta pela cidade, aproveitando a tarde ensolarada. Entrou no shopping, na livraria, fez algumas compras que precisava. Voltou a casa, que por uns dias era só dela. Os cães dormiam à lareira, caía a noite.
Sentou-se para trabalhar no computador. Abriu o mail e reparou que um JR lhe pedia acesso no linkedin. Ficou na dúvida que o do Dallas não era, decerto. Foi ver o perfil mas isso deixou-a ainda mais confusa. Seria o mesmo, aquele JR que conhecera há uns trinta anos atrás e a quem perdera o rasto por completo?
Reviu o perfil, aceitou a ligação e enviou um mail para aquele destinatário desconhecido (?) :"diz-me algo que me confirme que és tu". Homens são homens e não têm aquela perspicácia feminina mais refinada e astuta.
Resposta pronta do outro lado : - Não sei quem és nem conheço o teu mail...
Mas com o mail vinha uma foto do próprio e aí não teve qualquer dúvida, era ele mesmo, uns anitos mais velho, uns cabelos brancos a mais
Sentiu uma profunda alegria, uma enorme serenidade. Não gosta de conversas que ficam pela metade nem de relações cortadas de forma abrupta. Depois, passados tantos, tantos anos, quando a maturidade ou a velhice nos cerca, ela defende que os conflitos devem dar lugar ao diálogo, ao entendimento , ao esclarecimento. Para que não coexistam más energias que por sua vez provocam brechas ainda maiores nos relacionamentos. Claro que há situações em que nunca mais se volta a olhar para trás, o assunto fica encerrado de uma vez por todas. Mas não com José.
Iriam encontrar-se, sim . Num qualquer destes dias, para se reverem , para conversarem tranquilamente ou para subirem simplesmente ao cimo de um morro, como já antes o tinham feito.
Quando de manhã se levantou, a casa estava coberta de neve. E a aldeia . E a serra. Um manto branco de serenidade...
Sentou-se para trabalhar no computador. Abriu o mail e reparou que um JR lhe pedia acesso no linkedin. Ficou na dúvida que o do Dallas não era, decerto. Foi ver o perfil mas isso deixou-a ainda mais confusa. Seria o mesmo, aquele JR que conhecera há uns trinta anos atrás e a quem perdera o rasto por completo?
Reviu o perfil, aceitou a ligação e enviou um mail para aquele destinatário desconhecido (?) :"diz-me algo que me confirme que és tu". Homens são homens e não têm aquela perspicácia feminina mais refinada e astuta.
Resposta pronta do outro lado : - Não sei quem és nem conheço o teu mail...
Mas com o mail vinha uma foto do próprio e aí não teve qualquer dúvida, era ele mesmo, uns anitos mais velho, uns cabelos brancos a mais
Sentiu uma profunda alegria, uma enorme serenidade. Não gosta de conversas que ficam pela metade nem de relações cortadas de forma abrupta. Depois, passados tantos, tantos anos, quando a maturidade ou a velhice nos cerca, ela defende que os conflitos devem dar lugar ao diálogo, ao entendimento , ao esclarecimento. Para que não coexistam más energias que por sua vez provocam brechas ainda maiores nos relacionamentos. Claro que há situações em que nunca mais se volta a olhar para trás, o assunto fica encerrado de uma vez por todas. Mas não com José.
Iriam encontrar-se, sim . Num qualquer destes dias, para se reverem , para conversarem tranquilamente ou para subirem simplesmente ao cimo de um morro, como já antes o tinham feito.
Quando de manhã se levantou, a casa estava coberta de neve. E a aldeia . E a serra. Um manto branco de serenidade...
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