Sunday, July 27, 2008

Burros






...tudo em Sintra é divino. Não há cantinho que não seja um poema. Olha, aquela florinha azul...
Iam ambos caminhando por uma das alamedas laterais, verde e fresca, de uma paz religiosa, como um claustro feito de folhagem. O terreiro estava deserto a erva que o cobria crescia ao abandono, toda estrelada de botões de ouro brilhando ao sol e de malmequerzinhos brancos.
- Vamos indo primeiro à Lawrence. E depois , se quizermos ir à Pena, arranjam-se lá os burros.
Defronte da Lawrence, os dois burriqueiros...sentados sobre um banco de pedra, ao lado dos burros, não lhes tiravam o olho de cima, cocando-os como uma presa.
Isto é sublime! - exclamou o Cruges, comovido!
(Eça de Queiroz - Os Maias)

Era sublime, de facto, digo eu... Quando ainda havia burros e se andava a pé ou ...de burro, sem necessidade de dia europeu sem carros, sem poluição, sem aquecimento global. Ia-se a banhos para Sintra , mas ia-se a ares, também

(Alencar) Tivera um daqueles ataques de garganta, com uma ponta de febre, e o Melo, o bom Melo, recomendara-lhe mudança de ares. Ora ele, bons ares, só compreendia os de Sintra: porque ali não eram só os pulmões que lhe respiravam bem, mas também o coração, rapazes!...
De sorte que viera na véspera, no ónibus.


Medicinas alternativas, sem dúvida!

12 comments:

Pitanga Doce said...

Aqui, no interior chamam "tomar a fresca".
Caminhar é muito bom, mas nas grandes cidades perde-se a graça e a magia do silêncio. O suave barulho das pedrinhas sob os pés.

boa noite, Greentea

Pitanga Doce said...

Passei por aquela "outra" casa que já foi tua. Lembrei-me de comer avelãs.

Rose said...

Que belas imagens, muito mesmo.
Qto tempo não venho aqui, heim?
Um abraço e um beijo, viu?

Rose said...

Que belas imagens, muito mesmo.
Qto tempo não venho aqui, heim?
Um abraço e um beijo, viu?

Justine said...

Belas as fotos, especialmente a dos simpáticos animais!
E os ares em Sintra continuam excelentes, desde que se fuja para a natureza...

Rosario Andrade said...

...tão simpáticos, os burricos! Ainda se pode dar umas voltinhas hoje em dia?

(passar por aqui cada vez mais me da uma vontade enorme de visitar Sintra!... um dia destes!...)

Beijicos!

Espaço do João said...

Mas...Quem disse que já não há burros? Encontramo-los em qualquer esquina, rua, café, Assembleia da República, enfim há burros por tudo que é sítio. Pena que os verdadeiros burros estão quase em vias de extinção. Refiro-me como é óbvio aos asininos.

Anonymous said...

Como gosto de burros...e tu tens aqui tantos.
bjocas

amigona avó e a neta princesa said...

Adoro estes animais! São tão doces!
Beijos amiga...

Angela Ursa said...

Greentea, que lindas paisagens! E citadas por esses grandes escritores.
Os burrinhos são muito simpáticos :)) Beijos da Ursa

Maria Cristina Amorim said...

São os ventos da mudansa. agora os "burros", já são uma raridade por já não nos servirem para nada, a não ser para admirar e acarinhar.
Se pudesse tinha uma quinta onde os adoptava e tratava como amigos.
Beijos.

Dama do Lago said...

Tenho o sonho de, um dia, ter alguns destes animais. Acho-os maravilhosos :)!