Wednesday, July 23, 2008

Quinta da Regaleira





Situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO, a Quinta da Regaleira é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios do Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptadamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mito-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).


A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e a renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.
A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios. Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descermos à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.
A culminar a visita à Quinta da Regaleira, há que invocar a aventura dos cavaleiros Templários, ou os ideais dos mestres da maçonaria, para descer ao monumental poço iniciático por uma imensa escadaria em espiral. E, lá no fundo com os pés assentes numa estrela de oito pontas, é como se estivéssemos imerses no ventre da Terra-Mãe. Depois, só nos resta atravessar as trevas das grutas labirínticas, até ganharmos a luz, reflectida em lagos surpreendentes.
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10 comments:

pikenatonta said...

Adoro este sítio... é mágico!!! ***

Maria Cristina Amorim said...

É imperdoavel mas nunca lá entrei.
Quando ainda por aí vivia e passava pela entrada com o meu futuro maridão, brincavamos dizendo que era a nossa casa. Mas nessa altura não estava aberta ao publico e egora torna-se dificil lá ir.
beijos.

Holly Beaver said...

Nossa, muito show teu blog!
Vou recomendá-lo no meu, tá?

Justine said...

Mais um sedutor convite para conhecer as belezas da tua terra!
Ninguém vai resistir, com os tes olhares especiais!

amigona avó e a neta princesa said...

Um abraço muito apertado de saudades...

ॐ Hanah ॐ said...

Quando vejo essas fotos me sinto dentro de um filme...
É muito engraçado, porque vocês ai, vivem dentro da realidade "do Filme" todos os desejos e até que chegassemos aqui...
a jornada ainda está começando...

Beijos


P.s:
Desculpe passar aqui sempre na correria...passei aqui para deixar-te

um convite...

100,000,000 de pessoas unirão a sua luz,
no que será o maior Protesto de Luz pelo Tibete

No dia seguinte serão enviadas cartas a todos os presidentes de governo mundiais informando-os exactamente quantos seus concidadãos desejam um Tibete Livre. Pedindo a cada um deles que actue pela Liberdade do Tibete.

http://candle4tibet.org/

http://candle4tibet.ning.com/

beijos e até a volta

Hanah

Hindy said...

Beijinho hindyado

Anonymous said...

A Necessidade da Compaixão

Arrebatavam-me os espectáculos teatrais, cheios de imagens das minhas misérias e de alimento próprio para o fogo das minhas paixões. Mas porque quer o homem condoer-se, quando presenceia cenas dolorosas e trágicas, se de modo algum deseja suportá-las? Todavia, o espectador anseia por sentir esse sofrimento que, afinal, para ele constitui um prazer. Que é isto senão rematada loucura? Com efeito, tanto mais cada um se comove com tais cenas quanto menos curado se acha de tais afectos (deletérios). Mas ao sofrimento próprio chamamos ordinariamente desgraça, e à comparticipação das dores alheias, compaixão. Que compaixão é essa em assuntos fictícios e cénicos, se não induz o espectador a prestar auxílio, mas somente o convida à angústia e a comprazer o dramaturgo na proporção da dor que experimenta? E se aquelas tragédias humanas, antigas ou fingidas, se representam de modo a não excitarem a compaixão, e espectador retira-se enfastiado e criticando. Pelo contrário, se se comove, permanece atento e chora de satisfação.
Amamos, portanto, as lágrimas e as dores. Mas todo o homem deseja o gozo. Ora, ainda que a ninguém apraz ser desgraçado, apraz-nos contudo a ser compadecidos. Não gostaremos nós dessas emoções dolorosas pelo único motivo de que a compaixão é companheira inseparável da dor? A amizade é a fonte destas simpatias.

Santo Agostinho, in 'Confissões'

Bjocas, estareu ausente estes dias.
breve, breve estarei aqui na tua regaleira.

Pitanga Doce said...

Da Quinta da Regaleira só conheço o vinho, bom por sinal. Mas o lugar é lindo!!

beijos de sábado

Isamar said...

Um sítio onde reina a magia. Que bom vê-la referida aqui.

Beijinhos