Nove em ponto! A hora marcada. Leonard Cohen está em palco com os seus músicos e a suas cantoras. A elegância em fatos pretos e chapéu acompanha a pontualidade quando a luz do dia ainda não deixou Lisboa. Mas o que está para acontecer vai perdurar pela noite... e por muito mais...
Foi seguramente um dos melhores concertos dos últimos tempos... e dos que estão para vir também muito provavelmente. Goste-se mais, ou menos - não é essa a questão; não é (só) um caso de gosto, pois nunca foi menos do que excelente.
Porque fazer depender a justificação para parcialidades da cumplicidade de quem não consegue deixar de «ser apaixonado» pela música do poeta-escritor-compositor-cantor quando num destes últimos 40 anos passou a tê-la entre as eleitas não é suficiente para reduzir aquilo a que se assistiu - porque, para estes, foi memorável!
«Dance me to the end of love» iniciou o bailado do gentleman Cohen cujos primeiros passos agarraram desde logo os oito a nove milhares de pessoas que estiveram no Passeio Marítimo de Algés. «The future», «Ain't no cure for love», «Bird on the wire», «Everybody knows» vincaram em sucessão what he meant: que, como diria mais tarde, «não estava ali para enganar ninguém».
Cortês e ligeiro
Cohen sublimava uma actuação brilhante com uma cortesia que repartia entre aqueles a quem, do outro lado, tratou sempre por seus «amigos» e os que o acompanhavam em palco, que sempre fez questão de nomear várias vezes durante a noite. Mas quem já viu ao longo dos seus 73 anos que nem todos os momentos são assim perfeitos tocou os sinos a rebate contra o «caos e a desordem» deste Mundo antes de 20 minutos de descanso (também escrupulosamente cumpridos) - de cujos parecia ser o último a precisar dada a ligeireza que sempre mostrou nas viagens entre palco e bastidores ora a correr ligeiramente ora a dançar.
Foram duas partes de um concerto, mas uma mesma história: um desfilar de canções que cada um há-de ter como uma das suas preferidas, tal foi a riqueza da oferta na quantidade e cuja qualidade das vozes e dos instrumentistas não deixou aquém. «Tower of song», «Suzanne», «Hallelujah», «Democracy», «I'm Your man», «Take this walz», «So long Marianne», «First we take Manhattan», «If it be your will» não esgotaram o repertório apresentado, mas a maior parte delas era suficiente para apaziguar o mais exigente .
Leonard Cohen não enganou ninguém, de facto. Nem quando chegou a altura certa de «Closing Time» anunciar a despedida. Chegavam ao fim três horas certas de um espectáculo que teve tanto de inesquecível para quem assistiu como, pelas suas palavras, para o próprio Cohen: «Thank you for this memorable evening!»
No Leonard, thank you! daqui
Foi seguramente um dos melhores concertos dos últimos tempos... e dos que estão para vir também muito provavelmente. Goste-se mais, ou menos - não é essa a questão; não é (só) um caso de gosto, pois nunca foi menos do que excelente.
Porque fazer depender a justificação para parcialidades da cumplicidade de quem não consegue deixar de «ser apaixonado» pela música do poeta-escritor-compositor-cantor quando num destes últimos 40 anos passou a tê-la entre as eleitas não é suficiente para reduzir aquilo a que se assistiu - porque, para estes, foi memorável!
«Dance me to the end of love» iniciou o bailado do gentleman Cohen cujos primeiros passos agarraram desde logo os oito a nove milhares de pessoas que estiveram no Passeio Marítimo de Algés. «The future», «Ain't no cure for love», «Bird on the wire», «Everybody knows» vincaram em sucessão what he meant: que, como diria mais tarde, «não estava ali para enganar ninguém».
Cortês e ligeiro
Cohen sublimava uma actuação brilhante com uma cortesia que repartia entre aqueles a quem, do outro lado, tratou sempre por seus «amigos» e os que o acompanhavam em palco, que sempre fez questão de nomear várias vezes durante a noite. Mas quem já viu ao longo dos seus 73 anos que nem todos os momentos são assim perfeitos tocou os sinos a rebate contra o «caos e a desordem» deste Mundo antes de 20 minutos de descanso (também escrupulosamente cumpridos) - de cujos parecia ser o último a precisar dada a ligeireza que sempre mostrou nas viagens entre palco e bastidores ora a correr ligeiramente ora a dançar.
Foram duas partes de um concerto, mas uma mesma história: um desfilar de canções que cada um há-de ter como uma das suas preferidas, tal foi a riqueza da oferta na quantidade e cuja qualidade das vozes e dos instrumentistas não deixou aquém. «Tower of song», «Suzanne», «Hallelujah», «Democracy», «I'm Your man», «Take this walz», «So long Marianne», «First we take Manhattan», «If it be your will» não esgotaram o repertório apresentado, mas a maior parte delas era suficiente para apaziguar o mais exigente .
Leonard Cohen não enganou ninguém, de facto. Nem quando chegou a altura certa de «Closing Time» anunciar a despedida. Chegavam ao fim três horas certas de um espectáculo que teve tanto de inesquecível para quem assistiu como, pelas suas palavras, para o próprio Cohen: «Thank you for this memorable evening!»
No Leonard, thank you! daqui
6 comments:
Greentea, deve ter sido um concerto maravilhoso! Eu adoro a música Dance Me To The End of Love! Conheci através da bela interpretação da Madeleine Peyroux. Beijos da Ursa :))
angela
foi uma maravilha "DANÇAR" E CANTAR COM COHEN !!!!!!!!!!! O concerto foi excelente, a noite estava óptima, a beira-rio e a lua cheia fizeram o resto ...
na minha casota podem ouvir Leonard Cohen :
é só clikar !!
Obrigada por partilhares um momento que deve ter sido inesquecível! There ain't no cure for loving Leonard Cohen...
Foi fenomenal. Tanta gente da blogosfera por lá...
bjocas.
LISBOA - PORTUGAL
Olá!
Cheguei a este blogue através de outros que costumo visitar e neles postar comentários. Cheguei, vi e… gostei. Está bem feito, está comunicativo, está agradável, está bonito – e está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.
Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano (obrigatório, porque vindo da Universidade).
Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado
www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com
E venho pedir-te o teu telemóvel (celular) para poder contactar-te mais facilmente, a fim de implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que, como já sabem, é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os nossos dois Países fraternalmente ligados. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. Espero fazer o mesmo com a do Brasil em Lisboa.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Ambiciosamente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos
PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
+++++++++
COHN
Uma cunhada minha (53/54 anos) veio encantada. Passou todo o espectáculo em pé, apenas no intervalo se sentou (no chão) e chegou a nossa casa «toda partida», expressão dela.
E o meu neto mais velho disse-lhe que se ela se tinha aguentado era porque o homem era bué da fixe. Foi. É. Ao que tudo indica, ainda será por mais uns tempos..
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