A Parques de Sintra e Monte da Lua (PSML) vai replantar cerca de 50 hectares de área florestal nas zonas alvo de acções de remoção de espécies vegetais consideradas “invasoras” ao longo dos próximos cinco meses. “Até à Primavera, 50 hectares serão alvo de replantação”, garantiu ontem António Lamas, Presidente do concelho de Administração da PSML, à margem de uma acção de voluntariado em que representantes de várias empresas convidadas plantaram cerca de mil árvores na zona envolvente ao Convento dos Capuchos.
O responsável reconhece que, com a remoção das chamadas espécies “invasoras” como as acácias ou os pitósporos, que estão a ser alvo de acções de limpeza nas tapadas D. Fernanado II e Monserrate, depois de eliminadas dos Capuchos “os efeitos imediatos são de alguma nudez”. António Lamas garante, no entanto que “se isto continuasse como estava daqui a uns anos não havia senão uma serra de acácias”.
A estilha resultante das limpezas permanece ainda nos terrenos em alguns locais, por dificuldades de aproveitamento do material. Os desperdícios irão, no futuro, alimentar a central de biomassa prevista para o concelho, em conjunto com outros materiais vegetais removidos. “Quando a central estiver construída as acácias serão encaminhadas para lá. Mas para já, as espécies invasoras não podem esperar”, afiram o responsável que assegura não existir qualquer relação obrigatória entre o volume de estilha resultante das limpezas e o funcionamento da central. “Esta é uma zona de conservação florestal e não de produção”, adianta.
Ao ritmo a que prosseguem as limpezas, António Lamas prevê o fim dos trabalhos de remoção total das invasoras “daqui a 5 anos”. Em 2007, os trabalhos aproximam-se do fim e a época é de replantação.
Sobre a acção de voluntariado, o Presidente do Conselho de Administração da PSML declara que “uma pessoa que participe nunca vai esquecer a experiência e uma pessoa que participe nisto nunca mais vai esquecer a serra e o que é preciso fazer para a sua renaturalização”. Carvalhos, sobreiros, azevinhos, freixos, azereiros, bordos, castanheiros, aveleiras e medronheiros integraram o lote de espécie a plantar. Em relação à conservação dos espaços, António Lamas considera que falta “dar-lhes um uso, com uma zona de lazer, onde se praticar desportos, passear com a família”. A totalidade da obra depende no entanto da componente financeira “ Temos de nos candidatar a um fundo que nos apoie”, remata.
Alvor-de-Sintra
2 comments:
tenho passado pela Serra , pela estrada que vai de Seteais a Colares e ve-se bem a devastação, tal como se vê ao longo de todo o IC19 por causa das Obras .
Mas a reflorestação será para quando ?
Ontem vi na TV os fuzileiros andam a replantar carvalhos na Serra da Estrela . Porque não aqui? Porque não os presos do Linhó que pelo menos estavam ocupados em algo que tinha utilidade ou alguma tropa que está no quartel a jogar à bisca ou a gastar munições e combustivel em exercicios sem interesse nenhum ?.............................
Olá Isabel.
Pode crer que se estivesse mais próximo de Sintra , seria um dos voluntários na reflorestação. Quando do incêndio de 1966 em que faleceram alguns militares , eu que nessa altura cumpria o serviço militar bem conheci a serra de Sintra. Também vivi por esses lados, mais propriamente Mem-Martins e Mercês. Adoro Sintra
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