numa aldeia assim
numa qualquer casa assim
numa outra porta assim...
empurrou um pouco a porta e espreitou para dentro do casebre minúsculo, os degraus de acesso cobertos pelas silvas, sem uso há muitos anosos tabiques de madeira que outrora compunham as divisões da casa encontravam-se quase intactos, formando uma "sala comum" onde se teria incluido a lareira térrea, dois quartos onde apenas cabiam as camas, o forro de madeira que constituia o tecto deixava entrever as telhas e o céu imenso...
estaturas de uma outra dimensão, humanos de uma altura muito inferior à que agora temos, vivendo com parcos haveres em condições hoje impensáveis, sem luz nem água , sem tudo aquilo que hoje consideramos um must...
trabalhavam a terra e comiam do que dela tiravam, agradecendo tudo o que o céu lhes dava, fosse o sol , a neve, a chuva ou o vento, nada compravam porque não precisavam (talvez apenas o sal ), as colheitas sucediam-se ao ritmo das estações sem que houvesse um qualquer subsidio, as doenças tratadas com as ervas do campo ou alguma benzedura do Cura, umas rezas das vizinhas e a fé, a fé que move montanhas.
Se naquela época houvesse subsidio de natalidade e abono de familia , decerto estariam todos ricos.!
Foi em Avelãs de Ambom, num qualquer dia assim
5 comments:
memórias de um passado.
nao conheço Avelãs de Ambom. mas registei para uma visita.
uma boa Páscoa
Obrigada!
beij
Piedade
vivencias de outrora, seja em Avelas de Ambom ou em qualquer outro lado, vidas q não voltam mais ...
para ti tb , uma boa Páscoa! e um beijo
Num qualquer dia lindo assim é que eu gostava de ter estado...
Que fotos mais lindas!
Beijos.
Adoro essas aldeias...
Desejo-te uma santa e feliz Páscoa!
Beijo
Foste à aldeia, menina?
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