Sunday, May 15, 2011

JOÃO PINTO COSTA



Distância ou a razão de tudo que acontece no mundo.
Exagero?
Fantasia?
Palermice a que este gajo nos habituou?
Não.
Exactidão!
Distância ou a razão de tudo que acontece no mundo.
Exagero?
Fantasia?
Palermice a que este gajo nos habituou?
Não.
Exactidão!
Realidade!
Parece que ele desta vez até tem razão!
Dirão vocês no final.
Tudo, mas tudo, é consequência da distância.
E é "tão tudo" que nem sei por onde começar...
Posto isto dou por mim neste momento a ponderar não escrever mais nada...
No entanto, comprometi-me a provar uma teoria, pelo que vai uma grande distância entre a minha ponderação e aquilo que vou fazer:
Distância...
Antes de mais nada a razão porque estás a ler estas linhas.
Se não fosse a distância estaria eu a provar te pessoalmente esta minha teoria.
Poderia falar contigo num tom mais alto ou mais baixo dependendo da distância que nos separasse, podendo a distância ser a causa de eu ficar afónico ou dos problemas auditivos que te iria provocar.
Isto claro, se por causa da necessidade de encurtar a distância, eu não tivesse um acidente de carro ou avião, como acontece a milhões de pessoas que por causa da temática aqui abordada dão cabo da vida.
Vida essa que muitos perdem na guerra, que mais não é do que uma luta pela ocupação de espaços, de forma a encurtarem-se distâncias.
Antes pretendiam-se encurtar distâncias para um melhor domínio de certos pontos estratégicos, actualmente grande parte das guerras tem como denominador comum espaços onde abunde petróleo.
Petróleo, esse recurso natural, que é só a principal fonte de energia que temos e que serve para gerar combustível que visa...
Exactamente...permitir que se percorram grandes
distâncias em muito menos tempo.
Sempre a distância...em tudo que fazemos ela está lá, até nas relações e no nosso estado de espírito:
Quem gostamos queremos que esteja perto, senão sofremos.
Quem odiamos queremos que esteja longe senão sofremos.
Sem comida perto não sobrevivemos muito tempo.
Com bebida longe sobrevivemos menos tempo ainda.
Perto, longe,perto,longe...é tudo o que interessa e tudo de que depende a felicidade.
Perto o que amamos, longe o que nos faz sofrer, seja algo palpável ou não.
Distância, a única condicionante da felicidade.
Posto isto é facilmente perceptível que tudo o que fazemos é por causa da distância ser maior ou menor, só esta condiciona toda a nossa vida:
O tempo que perdemos, as coisas que acontecem, as relações que criamos, o facto de estarmos vivos, tudo se deve a ela.
Tudo se resume a ela.
Nascemos porque a distância entre os nossos pais se anulou completamente 9 meses antes do nascimento e somos quem somos porque nessa altura um espermatozóide foi o mais rápido a percorrer uma pequena distância.
E no final...sim...até no final ela estará lá...
Porque no final o caminho será sempre o mesmo e estará à distância de sete palmos de terra.

João Pinto Costa em
Mail de um louco

http://photos4.hi5.com/0141/495/823/lmiNxu495823-02.jpg Publicada por João Pinto Costa

MAIS


João Pinto Costa é o melhor homorista que Portugal já conheceu. Poderia ter decidido ser humorista mas aí seria apenas mais um no meio da multidão, e até seria dos fraquinhos pelo que ele afirma ter sido ponto de viragem na sua vida o momento que ele decidiu que o que seria era homorista.

Nasceu quando faltavam 4 meses para 9 de Janeiro de 1980 na cidade de Lisboa.
Jurista de profissão (curso de Direito pela Universidade Católica), criativo por vocação tirou o curso de escrita de humor nas Produções Fictícias e publicou o primeiro "livro de apanhados" completamente made in Portugal: Mail de um Louco (Editorial Presença) baseado no blogue com o mesmo nome. Membro de um grupo de humor denominado osAristocratas que entre "une grandessísseme amalgue de scenes spirituoses" inclui produção de stand-up,apanhados, sketchs e escrita de crónicas.
Procura novos desafios,designadamente um convite de um grande meio de comunicação para que se possa dedicar profissionalmente à escrita ou então o convite de alguém que o queira desafiar para uns jogos de Pro Evolution. O que ele quer é desafios. Novos desafios.
Hoje descobriu que gosta muito de escrever biografias dele próprio na terceira pessoa.
Pondera ganhar assim a vida e por isso está feliz.

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