Sunday, May 2, 2010

Mães

Recordou as imagens daquelas duas mães, ambas com bebés de cerca de 9 meses e não pode deixar de ficar chocada com o contraste:



Ana era mulher radiosa, que transmitia segurança e amor ao seu menino, um bebé feliz, sociável, sorridente, que brincava alegremente com todos que se aproximavam. No entanto, Ana vivia sozinha com o seu filho, trabalhava e lutava para o criar já que o pai do menino a abandonara quando soube que estava grávida...



Maria e Manel casaram-se mas as coisas não correram da melhor forma e ele apareceu de mala feita em casa da mãe. As coisas permaneceram assim durante dois anos, ela sempre a suplicar que ele voltasse e a pretender demonstrar que estava diferente, até já fazia o jantar em casa, deixara de passar os dias na casa da mamã e até que uma vez convidou a sogra para almoçar...

Ele voltou. Ela engravidou.
O menino nasceu e tudo regrediu de novo - a falta de comunicação, a anti-sociabilidade, os ciúmes, a insegurança, o vazio, as palavras que-nunca-se-dizem, a ternura, o amor, o contacto com os outros. O bebé não fala, não comunica, não sorri, não brinca. Chora. Recusa o colo de alguém, a mãe cala-lhe o choro com os toques do telemóvel mas não fala com ele, não sorri, não o encoraja...








"Ninguém pode negar a importância da presença da mãe para o desenvolvimento e crescimento, em todos os aspectos, da criança.A mae precisa ter energia física e psíquica para acompanhar todas as etapas da vida do seu filho, protegendo-o, traduzindo o mundo e satisfazendo as necessidades da criança.A mãe é a pessoa que dá a oportunidade do bebé conhecer o mundo, oferecendo o equilíbrio que a criança precisa para organizar todas as novidades que chegam diariamente. Se a depressão materna acontece, principalmente se ocorrer na infância ou adolescência dos filhos, um grande impacto no comportamento e intelecto recai sobre essas crianças.

Desde o nascimento, o bebé precisa da ajuda da mãe para conseguir sentir-se seguro, confiante e poder se desenvolver motor e cognitivamente. Uma mãe depressiva nessa época torna-se ausente e empobrecida de estímulos para seu filho.
O bebé já demonstra irritação com essa atitude depressiva, sendo um bebé choroso, tendo mais diarreia que um bebé com uma mãe não depressiva, não tem um contato visual constante com sua mãe ou com estranhos. A interação desse bebé com o mundo é precária e ele identifica-se mais com o rosto de alguém triste do que com um alegre. Viu como um problema da mãe pode gerar imensa confusão na cabecinha do bebé?
Futuro depressivo - Uma criança que tem a mãe depressiva tem mais hipóteses de desenvolver alterações emocionais, uma depressão, por exemplo, assim como a mãe.

Essas mães têm problemas de impor limites: às vezes são permissivas demais e outras rígidas demais. Essa dificuldade faz com que as crianças, principalmente entre os 18 e 42 meses, tenham dificuldade de se relacionar com seus amiguinhos, criando relações inseguras e desorganizadas, com problemas claros de comportamento. Alguns estudos realizados demonstram maiores índices de dificuldades escolares, seja por déficit de atenção ou distúrbio de aprendizagem, maior comportamento de risco e maior número de acidentes com os filhos de mães depressivas.
Um grupo de pesquisadores publicou um artigo na revista Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry em janeiro de 2007 relatando o comportamento de adolescentes cujas mães apresentavam episódios depressivos. Verificou-se maior número de usuários de drogas ilícitas, iniciação precoce da atividade sexual e maiores taxas de abandono escolar.





Os filhos, desde pequeninos, espelham-se no comportamento materno." daqui





6 comments:

Rodolfo N said...

Amiga retribuyo tu visita y leo con sumo interes este esta profunda reflexión sobre "mães"

Un abrazo

Anonymous said...
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Rosario Andrade said...

Excelente post!!!!
As maes determinam de facto grande parte da personalidade das criancas. Ha que aprender todos os dias para tentar fazer o melhor... e rir muito, brincar muito, dar oportunidade a explorar mas com limites realistas.
Beijicos

greentea said...

Ola Rodolfo

as mães são importantes na vida dos filhos, mas em certos casos ...melhor não tê-las...
Um abraço.

greentea said...

Rosário
é um percurso dificilq começa talvez todos os dias tentando fazer o melhor em cada dia, brincando, falando, sorrindo, dando oportunidades ao filho de CRESCER, de se desprender, de viver porque aquele filho por muito q o queiramos não é nosso, cortou o cordão e ganha asas em cada manhã

greentea said...

Rosario

foi isso q fiz com a minha filha ; creio que é o que fazes com a tua, que ainda tem muito q crescer !!