Sábado, vamos dar uma volta - disse ela.
Talvez não possa , mas vamos no domingo. Ficou combinado.
À noite, a irmã dele telefonou a dizer-lhes para irem almoçar mas recusaram - já tinham um compromisso.
Saíram pela manhã, que o dia estava gélido. Percorreram campos inóspitos, pedras desmesuradas, recortadas pela invernia e pelo vento do planalto, Terras do Demo, como dizia Aquilino. Entraram nos Castelos, visitaram fortalezas, muralhas, galerias, picadeiros, feiras de outrora, feiras de queijos, de fumeiro, de artes tradicionais, sentaram-se à mesa para conversar e petiscar. Não deram conta do frio que fazia para aquelas bandas, precedendo o nevão .
Chegaram a casa noite adentro, a lareira acesa, o lume crepitando.
Sem se lembrarem que era Carnaval , tiraram as máscaras e festejaram o dia dos namorados, como ninguém à sua volta o fez.
E sorrindo , enleados, adormeceram felizes.
Na manhã seguinte, ela levantou-se rápida mal o telemovel tocou às oito em ponto. Foi à janela e deixou -se extaziar com a brancura da neve que cobria tudo à sua volta e não parou de cair durante muitas mais horas.
4 comments:
Greentea
há momentos assim, tão mágicos, momentos de cada um de nós, muito nossos...
ainda bem que os há , Violeta
e que as pessoas e os casais não caiem da podridão do marasmo e não se deixam apenas ficar amodornados nos sofás a ver a próximna novela ...
História de ternura e saber viver, qualquer que seja a idade!
justine
e é tão importante saber viver , saber aproveitar esses pequenos bons momentos de ternura e convivio !!
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