O dia amanheceu quente, muito quente! Apesar disso, todos se atarefaram a dar os últimos retoques nos altares da Igreja, vestiram o seu melhor fato e pelas 11 horas reuniram-se na Amoreira , junto ao Adro , alguns não se viam desde a festa do ano passado, muitos deles emigrados em França ou na Suiça. A Igreja de Nossa Sra da Conceição , padroeira da aldeia, é do Sec XVIII e merece uma visita, toda construida pelos habitantes de então
As familias cresceram, os meninos também e alguns mais velhos deixaram de estar na nossa companhia - são as conversas que se ouvem à saída da missa de Domingo, para onde quase todos convergem. Ainda é cedo para o almoço e há tempo para beber um copo com os amigos e vizinhos. A aldeia é pequena , agora com uns 70 habitantes apenas, mas as familias são grandes e nestas alturas todos vêm até cá. Algumas casas estão ainda em bom estado de conservação, como esta que guarda um dos dois teares que ainda existem, mas a tecedeira hoje não vem fazer as suas mantas tradicionais.
outras casas ou "lojas" estão em ruinas; outras foram reconstruidas e recuperadas....
outras casas ou "lojas" estão em ruinas; outras foram reconstruidas e recuperadas....
o Chão da Lage tem novo dono, filho do antigo proprietário; por lá colhe as uvas , as maçãs, os figos, as amendoas, os pessegos e este ano até tirou mel da colmeia...
Este ano, os voluntários do costume montaram o palco mas a tradicional caminhada não se realizou
nem se montou a barraca das vendas de produtos locais , todos eles confeccionados com o esforço e imaginação de quem se entrega totalmente àquele trabalho
os meninos curiosos aparecem sempre e não faltam para o churrasco , oferecido a todos os visitantes ao fim da tarde
e depois foi aproveitar a noite que estava excelente e ver novos e velhos em amena cavaqueira ou a dar um pé de dança ao som da música que os Part-Time entoavam
do cimo do palco - marchas, valsas, tangos, salsas, kizombas, sambas e tantas outras animaram o pessoal que não arredou pé, mantendo o ritmo e a frescura ao sabor de umas quantas caipirinhas .
Este ano, os voluntários do costume montaram o palco mas a tradicional caminhada não se realizou
nem se montou a barraca das vendas de produtos locais , todos eles confeccionados com o esforço e imaginação de quem se entrega totalmente àquele trabalho
doces , licores, mel, mantas tradicionais feitas em tear artesanal, bolinhos e bola de carnes cozida em forno de lenha não costumam faltar , para delicia dos visitantes
sabonetes decorativos e bem cheirosos ou tabuleiros decorados a preceito também fazem parte
sabonetes decorativos e bem cheirosos ou tabuleiros decorados a preceito também fazem parte
os meninos curiosos aparecem sempre e não faltam para o churrasco , oferecido a todos os visitantes ao fim da tarde
e depois foi aproveitar a noite que estava excelente e ver novos e velhos em amena cavaqueira ou a dar um pé de dança ao som da música que os Part-Time entoavam
do cimo do palco - marchas, valsas, tangos, salsas, kizombas, sambas e tantas outras animaram o pessoal que não arredou pé, mantendo o ritmo e a frescura ao sabor de umas quantas caipirinhas .
Viva o Verão e o abençoado convivio destes encontros nas nossas pequenas aldeias desertificadas, onde o tempo é marcado por mais uma Festa , mais umas vacanças, mais um luto ou mais um nascimento. E este ano , havia muitas caritas novas a dançar e brincar até às tantas !
10 comments:
Fiquei com curiosidade de conhecer esta aldeia.
Sabonetes, licores e bordados assemelham-se a alguns que conheço...
bjs e que as tradições não se percam.
Aí, como aqui:)) Só que a tua igreja é mais bonita e a tua aldeia mais tradicional. Mas os festejos são tão semelhantes, e ainda bem que se mantêm!
violeta
vale a pena conhecer aaldeia!
aliás o que eu gostaria para um futuro próximo era de ter por lá um espaço de turismo rural, um campo de flores terapeuticas , muitos chás de ervas, mel sem aditivos nem conservantes e muitos produtos tradicionais para manter bem viva a identidade daqueles locais
Sei bem aonde fica esta aldeia. E esta "carita nova" que aí aparece foi vestido a Porto ou o que?? hehehe
PS: Quem sabe no próximo Verão, que não está tão próximo assim!
justine
a Igreja é muito bonita mas muito antiga e precisa de ser restaurada , já se começou mas há ainda muito a fazer e o tecto que é todo pintado à mão precisa de ser substituido :
a aldeia é tradicional, antiga, com casas de granito genuino que não sei como foi possivel fazernaqueles tempos; hoje só é possivel reconstruir , não se constroi de raiz; as pessoas e as familias são muito ligadas e embora eu não seja de lá (sou bem alfacinha), sou apenas uma "enteada" mas com laços muito fortes à terrinha.
os festejos são semelhantes nestas terrinhas todas, mas olha para mim citadina dá-me gozo andar naqueles meandros, viver de outra forma o dia a dia , dançar no empedrado da rua, em pleno largo e quase voar no ar ao ritmo dos sons que ecoam pela serra fora.
Pitanga
a carita está casualmente vestida de azul mas diz-se verde, como o padrinho e o primo da mesma idade, apesar de o pai ser vermelho...
pois , foi pena não apareceres por lá para trazeres lima para as caipirinhas mas mesmo assim a caçhaça não ficou nas garrafas - marchou tudo , apesar do toque diferente!!
E viva a festa nas aldeias portuguesas neste verão!!!
Gostei da reportagem!!!
Beijinho para ti, amiga!
viva girasol
por onde tens andado ?
tb foste para a festa das aldeias ??
Um dia destes passeio-me por aí, com tempo!
Lá mais pra Novembro, que agora não se pode, há muito trabalho...
... mas sabes que adoro essas casas de pedra!
Obrigada pela partilha, fica sempre o bichinho de querer conhecer!!!Jhs mil
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