Thursday, May 8, 2008
Prazeres
Levanta-se uma gaija mal o sol nasce, sem tempo para fazer um spa a preceito ou alongar-se com o pequeno almoço, fazendo esgares para o cara-metade que mal a vê, embora tenha reparado na altura certa que ele ia a sair de chinelos de quarto por baixo do fatinho e gravata ...levanta-se , dizia eu. cheia de boas intenções para ir fazer meiodia de trabalho até à hora de almoço e outro meiodia depois das 14h e afinal tudo se altera logo de manhã.
Bem , saída a porta de casa, vai direitinha ao bólide, ajeita os dossiers e a carteira no banco do lado e aí vai ela , esquematizando o dia que tem pela frente. Pára um pouco à frente para beber um café e regressa ao carro. Aí , dá à chave , tenta ligar a ignição , mas nada . Nada de nada. O rádio toca, as luzes acendem todas mas do motor nem um som . Vai buscar o telemóvel à carteira mas nem rasto dele... Entra na frutaria onde é cliente e pede se lhe dão um empurrãozinho , que está logo ali à esquina e a rua é a descer... Nada! Pede para fazer uma chamada, volta ao carro , deixa-o descair mais um pouco e desta vez ouve o motor! Regressa a casa , o telélé ficou no escritório e decide-se a levar o carro para a oficina onde é cliente há anos. Atende-a o sr Prazeres, homem charmoso e conhecedor do ramo :
-" Há que tempos que não a via e por sinal cruzei-me ontem consigo na estrada (ele conhece à légua os carros que vende e cuida), não se preocupe, já sei que vem com pressa , deixe a viatura e leve outra de substituição."...
Foi um prazer, sr Prazeres. Afinal ainda há homens compreensivos , simpáticos , tolerantes , só não diria generosos porque a factura sou eu que a pago , no final !
Com a mañhã completamente perdida, ainda dei um salto à Ericeira para ver o mar e as obras na praia do Lisandro. Às duas horas estava a trabalhar, de novo
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