Monday, November 18, 2013

A morte saiu à rua num dia assim...

acordou com a sirene de uma ambulância,  era ainda bem cedo. Já não conseguiu dormir mais e levantou-se , foi com os cães à rua.
Afinal, o 112 estava mesmo ali à porta, para algum vizinho que se sentiu mal, decerto. Fazia frio. Entrou em casa, tomou o pequeno almoço e arranjou-se para ir ao Hospital. Estava doente há algum tempo, tinha análises marcadas e iria ser operada em breve, por isso não se deteve nos problemas dos outros.
Conversou com o cirurgião, fez as colheitas de sangue e meteu-se no carro para regressar a casa. Enquanto estacionava reparou que em vez do 112 estava agora ali parado um carro duma funerária , os funcionários a transportarem o corpo, provavelmente para ser autopsiado. A Policia estava também por perto.
Não sabe quem era, se novo ou velho, criança ou adulto, mulher ou homem. Mas supostamente era alguém que ainda ontem estava de boa saúde, na plenitude das suas faculdades e que num repente...partiu para sempre!
Por isso, não valia a pena questionar-se, preocupar-se com a doença que tinha. Estava a ser tratada e bem cuidada e afinal outros que supostamente estavam sãos e frescos, acabavam assim , num instante a vida fugia-lhes para sempre.
A morte saiu à rua num dia assim...

3 comments:

Justine said...

A teoria é essa, sim: não pensar na morte, viver cada dia o melhor possível! Mas pôr em prática esta teoria já é bastante mais difícil...
Um abraço apertado e solidário:))

Fê blue bird said...

A morte faz-nos pensar na vida, no quanto ela é preciosa e frágil.
Num instante tudo muda.
"Um dia de cada vez" vivendo-o o melhor possível.

Beijinho comovido

Lilá(s) said...

Para morrer basta estar vivo! ditado é ditado não foge á regra. Um beijo grande