Friday, June 28, 2013

violetas



VIOLETAS



"O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para fazer esquecer pessoas que, por algum motivo,
um dia nos fizeram felizes"...

Tuesday, June 25, 2013

Monserrate


Hoje apetecia-me andar a passear por aqui...


Monserrate dos meus amores 

Saturday, June 22, 2013

Alecrim


(Rosmarinus officinalis L.)
Os atributos do alecrim são tão importantes como os da aspérula-odorífera; datam do século XVII e vêm da europa central. Diz-se que a rainha Isabel da Hungria, septuagenária e depauperada pela doença, recuperou a saúde e rejuvenesceu graças ao alecrim. A receita da água da juventude água da rainha da Hungria, que ela própria preparava, está ao alcance de toda a gente, pois para obter basta juntar e misturar os alcoolatos de alfazema, alecrim e poejo. Como muitas outras labiadas, o alecrim actua sobre o sistema nervoso, pois estimula os asténicos, fortalece as memórias enfraquecidas e eleva o moral dos deprimidos. A sua acção terapêutica inicia-se com a colheita, que pode ser efectuada em qualquer época do ano nas colinas meridionais. O estado espontâneo e a liberdade da planta conferem-lhe vigor, mantém-se bonito, conserva as suas características aromáticas, mas é menos eficaz que o alecrim espontâneo. As abelhas que o visitam produzem um excelente mel, de gosto intenso, denominado mel de alecrim.

Propriedades: Anti-espasmódico, anti-séptico, colagogo, diurético, estimulante, estomáquico, tónico e vulnerário.

Uso Tradicional: Asma, astenia, celulite, colesterol, convalescença, depressão, entorse, enxaqueca, memória, nervosismo, pele, rugas, sono, torcicolo.

Tuesday, June 18, 2013

alfazema

Erva mediterrânea, a lavanda está associada à idéia de limpeza - desde que os romanos começaram a usá-la em seus banhos. De fato, o nome vem do latim lavandus, que significa lavar. Uma lenda cristã diz que a lavanda originalmente não tinha cheiro, mas que desde que a Virgem Maria secou as fraldas do Menino Jesus sobre folhas da planta, ela ganhou um perfume celestial. O óleo essencial de lavanda é conhecido hoje por suas muitas aplicações aromaterapêuticas.


A lavanda continua a ser um dos aromas favoritos para roupas e armários, sabonetes e até lustra-móveis. Ela era tradicionalmente inalada para aliviar a exaustão, insónia  irritabilidade e depressão. Na era vitoriana, as mulheres a usavam em travesseiros, que cheiravam para se recuperar os desmaios causados pelos corpetes apertados.



Duas plantas aparentadas chamadas spica e (L. latifolia) e lavandin (L. intermedia) são produzidas em maior quantidade, mas seu aroma é mais áspero, com mais presença de cânfora, e suas qualidades curativas são inferiores, embora elas ainda sejam úteis como desinfetantes. Menos dispendiosas na produção, elas em geral são vendidas como lavanda. 

Principais componentes da lavanda: linalol, linalil acetato, geranile, eucaliptol, pinene, limonene, cineole, fenol, cumarinas, flavonóides

O aroma da lavanda: um cheiro doce, floral e herbal, com uma nota balsâmica. 

Propriedades terapêuticas da lavanda: anti-séptica, estimulante da circulação; alivia espasmos musculares e cãibra. 

Usos da lavanda: a lavanda está entre os mais seguros e mais amplamente usados dos óleos aromaterapêuticos. Alivia dores musculares, enxaquecas e outras formas de dor de cabeça e combate inflamações. Também é um dos óleos essenciais mais anti-sépticos, tratando muitos tipos de infecções, entre as quais pulmonares, respiratórias, vaginais e especialmente candidíases. 

A lavanda é adequada para todos os tipos de pele. Cosmeticamente, parece servir como regeneradora de células, ótima em cicatrização e estrias, e supostamente retarda as rugas. Usada em queimaduras, queimaduras de sol, feridas, lesões de pele e infecções cutâneas.

A lavanda também é usada para indigestão e cólicas, e estimula a imunidade. Das diversas fragrâncias testadas por pesquisadores da aromaterapia, a lavanda é a mais efetiva em relaxar as ondas cerebrais e reduzir o estresse. Também reduziu em quase 25% os erros de pessoas que trabalham no computador, quando usada para perfumar escritórios.

daqui: http://caminhosnaumbanda.blogspot.pt/2012/12/lavanda-ou-alfazema-erva-de-iemanja.html

Wednesday, June 12, 2013

casamento em dia de chuva

 não seria nenhum destes vestidos que a noiva levava
mas os sapatos eram vermelhos , ao tom das flores que trazia na mão.
o dia é que não condizia com nada, sempre chuvoso e frio, desagradável para todos que esperávamos um dia de verão ou por lá perto... os penteados desmancharam-se com a chuvinha irritante e os sapatinhos de tiras atolaram-se no lamaçal do jardim.
Há dias assim, mas vale a pena ir aos casórios dos filhos dos primos porque já passámos por muitos outros identicos, muitos SINS desfeitos pouco depois apesar do dinheiro gasto na boda faustosa e do vestido que apenas serve para deitar para o lixo.
Enfim , revê-se familia e amigos, os primos dos primos e os filhos que já não são mais bebés. Trocam-se sorrisos e lembranças, memórias dos que já não estão e trocam-se receitas. Por sorte ficámos na mesa com o Abel que também já não é mais garoto de idade mas continua a agir como se o fosse  - ou nós continuamos a vê-lo assim - e por isso rimos todo o tempo. Também cozinha , entre outras coisas - e disse-me como preparava a entremeada : faz-se uma massa de coentros , alho, sal e pimenta e envolvem-se as fatias da carne que se coloca num tabuleiro em camadas. Vai ao forno a dourar e está pronto. Já fiz . Fica delicioso ! Parabéns ao Abel.

Wednesday, June 5, 2013

a escrita

Desde que me lembro, sempre me senti diferente, fui marginalizada, não pertencia realmente à minha família  ao meu meio social, a um grupo. Suponho que desse sentimento de solidão  nascem as perguntas que me levaram a escrever, é na busca de respostas que germinam os livros. 
(Isabel Allende)

A escrita faz-nos ir ao encontro de nós próprios , a encontrar perguntas e respostas que de outro modo nunca existiriam. Tem sido assim desde que me conheço. Também eu fui marginalizada, também eu me sinto diferente, à frente do meu tempo e da minha época, antecipando factos que os outros nunca saberão. Durante muitos anos tinha hipermetropia , ainda o autocarro vinha lá ao fundo da Avenida de Roma e eu distinguia o seu destino. Talvez os meus chakras me fizessem ver bem demais o que lá estava ao fundo do túnel para não me aperceber do que se passava à minha volta. Talvez... porque era doloroso. Assim, cresci só, independente, desenvolvendo cada vez mais as minhas capacidades e a minha energia. E eles , a famila, os pais e os avós,a irmã,  iam ficando cada vez mais distantes, cada vez mais para trás, na lonjura da vida e dos percursos que vamos fazendo.
Há tempos, o meu sobrinho mais novo pediu-me uma história para contar ao filho dele , sobre o Avô. Estranhamente, todos lhe ocultaram a história do pai, que em tempos fora padre e deixou de o ser para casar com a mãe; todos os registos foram apagados, as fotos dessa época destruidas, tudo o que pudesse estar relacionado. Ele apenas sabe que há algo que não sabe, que deliberadamente lhe esconderam desde sempre , incapazes de assumirem um facto consumado.
Reconstituí o passado, tentei contar a história da melhor maneira possivel, mas de tão chocante, e porque o choque dele com a mãe iria ser desastroso, o pai já não está cá para lhe explicar,  guardei-a no arquivo do computador, até um dia... Até um dia, porque lhe prometi que diria apenas a verdade e só a verdade ! 
(as fotos são réplicas de quadros de Botero)