quando a menina nasceu alguém comentou que era bom que fizera bem um filho é sempre uma companhia...
mas nunca o sentira assim sempre entendeu que um filho não é nosso, nem da sua mãe nem do seu pai porque um filho é dele próprio desde o momento em que corta o cordão
a seguir ao parto, quando a puseram em cima da sua barriga já vazia a menina olhava o mundo à sua volta com uma curiosidade inusitada e foi assim que sempre a criou dando-lhe asas para voar e conhecer o mundo que a espera lá fora
são dolorosas as separações claro que são que bem as sentiu quando ela foi para o infantário, para a primária para a faculdade quando obteve aquela bolsa de investigação e começou a trabalhar a seguir ao mestrado
ao longo de toda a vida teve dolorosas separações e dolorosas decisões que tiveram de ser assumidas claramente
decididamente
de mente aberta
agora está na hora de a ver partir de novo depois de uma candidatura a uma bolsa de doutoramento no reino unido que por aqui as perspectivas de trabalho de carreira de investigação são quase nulas nos tempos que correm
o pai está menos recetivo a este projeto disse logo que se lhe saisse o euromilhões montava cá o laboratório de investigação e a empresa para ela trabalhar mas a mãe disse não antes comprasse um jacto particular para a irem visitar sempre que lhes apetecesse
assim ela regressará ao país de origem de onde um dia veio o tetravô há mais de trezentos anos e decerto encontrará ainda primos e primos nesta aldeia global que é o mundo dos nossos dias e do longe se faz perto e daqui a nada estará de volta por uns dias ou para sempre que importa aqueles que amamos estão sempre no nosso coração, por maior que seja o oceano que os separa
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4 comments:
E o meu coração também anda bem apertadinho, neste país não há lugar para engenheiros só há para inginheiros...e lá irá ele em breve só que ainda nem sei o país!
Beijinhos
nao e muito menos para Engenheiros qualificados, só para falsos doutores da mula russa...
por isso ficamos bem apertadinhas , não é Lilás ??
a Primavera há-de voltar e para ELES (OS Q PARTEM) É UMA QUALIFICAÇÃO. BEIJINHO PARA TI
Penso exactamente como essa mãe corajosa. Mas custa tanto vê-los partir...só que essa nosssa dor não pode cortar os voos nem as vidas dos nossos filhos. O meu já foi há 6 anos...
justine
pois custa , custa muito mas é a vida deles e não a nossa ...
tenho pensado ultimamente que as nossas mães, as nossas sogras viram partir os filhos para a guerra, outras não os viram regressar nunca mais e outras viram-nos ir a salto para fugir de um país onde não se podia já viver
e agora , Justine ?..................
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