seria um domingo como outro qualquer, arrumações,limpesas, tratar das roupas e das flores e...passear os cães antes da hora do almoço. Dei a volta do costume, não encontrei nenhum colega, já tinha estado com o Tobias e o dono logo de manhã cedo, que quem tem cães não acorda tarde. Já no regresso , fiz o resto da minha rua que desemboca numa praceta sem saída e sem carros, o que é óptimo para os quatro patas. Maria e Browny iam felizes, cheirando aqui e acolá, deixando a marca por onde bem entendiam . tão atentos na sua caminhada nem deram conta de uma coisita cinzenta que se mexia em direcção a mim e começou a trepar pelas minhas calças acima. Peguei-lhe ao colo e ficou logo a fazer ronron. O pelo era enorme mas por baixo apenas se sentiam os ossitos ainda tenros... Era um gato persa com 2/3 meses, que saía do meio do mato, abandonado decerto pela familia que foi de férias.
olhou-me com ar doce, como os gatos bem sabem fazer quando querem, e aconchegou-se na minha mão, uns bigodes maiores que ele!
Bati na porta do sr Zé que tem não sei quantos gatos em casa e mais um menos um ...
Mas ninguém abriu e fui para casa. Telefonei à Elsa que adora gatos : "Então, eu não posso ficar com mais nenhum e esse vai-se dar bem com os cães, vai ver, é uma benção"...
Abençoado ou não , fiquei com ele. Já comeu e bebeu muita água, soube ir ao caixote e andou pelo páteo a passar a ronda aos locais. A Maria aproveitou para fazer a sesta na cama nova do gato e o gato foi para a casota da Maria. O Browny não se meteu no assunto e veio para dentro , todo delicadezas com o novo inquilino. um domingo a modos que assim, em que pelo menos aconteceu algo e um animalzinho abandonado pode encontrar novos donos que nunca o deitarão para a valeta...