O prazer da idade , dos anos que passam depois dos quarenta é que dormimos menos, temos menos compromissos , os filhos cresceram o suficiente para estarem fora de casa a estudar sem ainda terem surgido os netinhos para os avós tomarem conta e assim levantamo-nos mais cedo , tomamos um pequeno almoço tranquilo, sem pressas , deixamos a máquina da louça a lavar e ala, que se faz tarde. Pausa para uma "bica" e vamos directos à praia , sem transitos, nem filas de espera, maré baixa à nossa espera , um areal limpo e água convidativa, sol, brilhante. A meio da manhã petiscam-se umas cerejas frescas, vermelhas , carnudas e voltamos ao banho ou simplesmente ficamos deitados nas rochas, em cima da fofura fresca das algas ...talassoterapia.
Nada de encontrões, nem areias , nem palavrões do vizinho do lado - tudo à distancia. E cedo também regressámos , que o calor apertava. Um almoço simples, conversas ainda mais simples de casal velho, diria antigo, que já conhece de antemão o que o outro vai dizer mas ainda se deixa surpreender.
Pela tarde umas arrumações , uma regadela nas plantas do quintal e um passeio a pé já depois do pôr do sol . Foi assim o dia mais longo do ano . Não abençoámos o solesticio lá no alto da serra do Marão, mas quase . E bendissémos o SOL nosso de cada dia.
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