Sabores do Sabor
O nosso país é lindo e deve ser visto e percorrido palmo a palmo como quem anda à descoberta de um tesouro. Um tesouro bem à nossa mão ou melhor aos nossos sentidos, em toda a sua beleza natural.
Portugal tem um sol, um céu azul, uma temperatura únicos; paisagens deslumbrantes e gente pura; marcos históricos de muitas culturas, milenares, que nunca cansam mesmo que as vejamos vezes sem conta. Portugal ainda espera para ser descoberto e rentabilizado em todo o seu potencial. Então façamos nós o que quem deve e pode nem sempre faz.
Há dias viajando pelas Beiras, de repente, estávamos no serpenteado do Douro passámos a barragem do Pocinho no Município de Vila Nova de Foz Côa e descemos até à Foz do Sabor.
E que Sabor….! Procurámos um sítio para almoçar que fosse bem típico e com produtos do local. E eis que encontrámos este dístico :
Quando saímos do carro, uma senhora perguntou-nos o que procurávamos.
- Queríamos almoçar. Tem alguma coisa ?
- Ainda se arranja peixe frito para os senhores, que já temos outras marcações
Entrámos. Era um espaço aberto com mesas longas e bancos talhados de lousa ou Xisto,
paredes pejadas de utensílios rústicos e artesanais,
de aspecto asseado, com vistas para o vale do Sabor e suas chãs verdejantes , apesar da chuva dos últimos dias e do caudal do rio.
Fomos recebidos por um cavalheiro de postura austera,que nos indicou a mesa e começou a pôr os pratos e talheres, pão caseiro e azeitonas, um jarro de vinho do Douro, também caseiro, por certo... Não perguntámos nada, que não era dado a grandes falas.
" Aqui é assim… tudo fresco, do dia, não quero nada nas arcas de congelação...! é proibido pescar nestes meses mas para comer sempre se arranjou" e ía falando com a cozinheira lá para os fundos da sala.
Trouxe uma taça de salada e em seguida uma travessa de peixe acabado de fritar. Estava uma delícia.
O sr João trouxe mais outra travessa de peixe, explicando que era a época do defeso e que o caudal do rio não permitia lançar as redes , mas tinha convidado um amigo para pescar à cana. Entretanto, chega mais um grupo que ele mandou embora pois não tinha peixe que chegasse para os servir. Entrou mais outro casal , o da tipografia que lhe tinha feito os cartões de borla e esses ele atendeu. Começamos todos à conversa , excelente fim de almoço. No balcão era bem visivel o computador e o letreiro para quem pretendesse fatura. No entanto, optámos pela fatura simplificada, pagámos e saímos para uma caminhada pela Foz do Sabor, para em seguida subirmos até Torre de Moncorvo.
Aconselho a que passeis por lá, numa visita ao Douro até à foz do Sabor de barco ou de carro.
Almocem no Sr. João mas, atenção! Avisem com antecedência de quantos são e o que quereis. É mais seguro. Contrariamente, já sabeis como agir….Esperem que o granito se decomponha...))
donde são as fotos. No dia que visitámos o Lameirinho chovia copiosamente e nem máquina levávamos ...