- Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo…
- Parece-me que estou a começar a perceber - disse o principezinho. - Sabes, há uma certa flor… Tenho a impressão que estou preso a ela...
- Tenho uma vida terrivelmente monótona. Eu, caço galinhas e os homens, caçam-me a mim. As galinhas são todas iguais umas às outras e os homens são todos iguais uns aos outros, Por isso, às vezes, aborreço-me um bocado. Mas se tu me prenderes a ti, a minha vida fica cheia de Sol.
A raposa calou-se e ficou a olhar durante muito tempo para o principezinho.
- Por favor… Prende-me a ti! - acabou finalmente por dizer.
- E o que é que é preciso fazer? – perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim, em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar um bocadinho mais perto...
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei.
Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a arranjar o meu coração, a vesti-lo, a pô-lo bonito... São precisos rituais.
- O que é um ritual? - perguntou o principezinho.
- Também é uma coisa de que toda a gente se esqueceu - respondeu a raposa. - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias e uma hora, diferente das outras horas.
Foi assim que o principezinho prendeu a si a raposa.
- Adeus - disse a raposa. - Vou-te contar o tal segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos…
- O essencial é invisível para os olhos – repetiu o principezinho, para nunca mais se esquecer.
Flores azuis são um tipo de flor não muito fácil de ser encontrada. Alguns exemplos são as hortências, violetas, íris e outras. Existe um grande mistério relacionado às flores azuis, em especial a rosa de cor azul.A flor azul é conhecida por ser uma flor que representa o infinito e o inalcançável, onde sentimentos como gratidão, respeito, admiração, desejo e amor fazem parte do seu objeto. São os motivos pelos quais as pessoas oferecem flores na cor azul.Existe uma grande dúvida em torno da rosa azul das flores, pois sabe-se que naturalmente ela não existe. A rosa azul foi criada através de variações genéticas e passou a ser o símbolo da prosperidade. Em algumas culturas, a rosa azul significa mistério ou alguém que busca alcançar algo considerado impossível, pois as pessoas acreditam que elas possuem o dom de realizar um desejo.
Na literatura há referência sobre a rosa azul. O livro de Maurice Baring chamado “The Blue Rose” (A Rosa Azul), conta a história da filha de um imperador que prometeu só se casar com alguém que lhe trouxesse uma rosa azul, mostrando o quão importante é a rosa nessa cor.Uma famosa flor azul, a hortênsia, está associada à resistência, honra, dignidade e profundos e sinceros sentimentos. Existe o caso específico da hortênsia azul, uma flor que transmite paz, tranquilidade, serenidade, estabilidade, esperança e devoção.
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante.