a tarde estava quente e eu tinha pressa

Desci a rua e vi a cara de espanto de um grupo de pessoas que passavam a meu lado : estava um pombo morto em cima do passeio. "Coitado" - pensei para mim, não resistiu ao calor , à fome , à sede.
E fui à minha vida, que a tarde estava toda ocupada.
No regresso, a mesma pressa, porque tinha horas, porque ia buscar a filha, porque queria evitar a horadeponta (se é que é possivel), porque queria chegar cedo a casa, porque...
Fui pelo outro passeio, do lado oposto, para subir uns degraus que dão acesso ao bendito estacionamento. Àquela hora já havia alguns lugares vagos, mas o espectáculo era tenebroso o chão ocupado pelos pombos caídos mortos, li mesmo. Fiquei sem palavras, a minha cabeça esvaiu-se, desviei o olhar, tive ainda mais pressa para saír dali.
Ao descer a rua, enquanto esperava no sinal vermelho, reparo num cartaz pregado no poste : "ANTI-POMBOS - Contacto 96xxxxxxx".
3 comments:
Vergonha! Que mundo feio, este...
há excesso de pombos em Lisboa, como há excesso de carros , como há excesso de pessoas. Há quem se preocupe com o ambiente mas há quem deite o lixo borda fora ou faça as necessidades em qualquer esquina e depois a brigada antipombos e deixa-os ali pelo chão, sob um calor intenso, as pessoas a passarem ao lado
factos!
gostei do poste e das fotos.
beij
Post a Comment