Monday, December 21, 2009

solsticio de inverno - yule - natal








O inverno é época de semeadura. Ali, procuraremos, como o semeador, escolher os melhores grãos. Analogamente é época de pensar em nossos objetivos para o novo ciclo, conforme a experiência adquirida.
O sol se afastou do hemisfério norte e a terra se prepara para trabalhar interiormente. Os frutos da colheita anterior já estão recolhidos. É o momento para selecionar os melhores frutos, obter suas sementes e voltar a semear. Há frutos que se estragaram, apodreceram ou não se desenvolveram bem. Estes se eliminam e se guardam os melhores.
Analogamente, há um momento para avaliar os objetivos obtidos. De tudo de que te foi proposto, certamente haverá metas que todavia não foram conseguidas. Isto não é um fracasso se aprendeste com a experiência. Isto quer dizer que este é um momento de se investigar quais são as causas que tem nos impedido até agora de alcançar o êxito. Uma vez determinados os obstáculos que o tem impedido, devemos elaborar um plano para supera-los e avançar, desta maneira, até um êxito final.
Os obstáculos podem ser de diversas índoles. A maioria seguramente estão em ti mesmo. Não culpes nada do que te sucede. Não culpes aos demais se não conseguiste determinadas metas. Talvez não seja o tempo, quem sabe tenhas que desenvolver outros objetivos antes, talvez tenha que vencer seus medos ou empregar mais energia e vontade para consegui-los. As vezes as metas são pouco realistas e nesse caso deverás reprograma-las para avançar por etapas: uma escada se sobe degrau por degrau.
Um período de amor e solidariedade
Nós, seres humanos, temos vivido centenas de milhares de anos em estreito contato com a natureza, sendo parte dela mesma. Somente nestes últimos séculos é que temos construindo cidades e nos temos afastados dela. Porém todo nosso ser segue respondendo a esses ciclos, levando esse programa em nossos genes.
Imagine uma tribo vivendo em cavernas ou choças em pleno inverno. Para sobreviver deveriam guardar os grão de alimentos que colheram para alimentar-se com eles no inverno, quando escasseiam os vegetais para comer. Também protegem seus animais para ter disponível, especialmente, leite.
De acordo com a dedicação e esforço, é certo que algumas famílias tiveram melhores colheitas que outras. Porém se quem tem para comer no inverno, se guarda o que tem e inclusive o que não conseguiram a comer e não dividem com quem não tem o suficiente, o resultado seria morte de alguns membros da tribo. E isto, logicamente, prejudica a totalidade, pois os debilita. De modo que, por razões de sobrevivência, toda a tribo compartilha o que tem para passar a época mais difícil.
O sol, como temos dito, encontra-se afastado. Há mais frio e mais escasses de tudo. O sol é a fonte da vida e do calor. Sem dúvida, o ser humano observa facilmente que o sol retornará e a natureza voltará a mostra abundância e esplendor.
Os membros da tribo se reúnem em torno da fogueira. O fogo obviamente os dá calor, luz e ademais, provavelmente os permite cozer alguns alimentos. Juntos, se apoiam e compartilham o que tem.
Isto vai se transformando em uma celebração e uma cerimonia. O fogo é a representação do sol, momentaneamente ausente. É também o elemento transformador do todo: o que era sólido o transforma em líquido, o líquido em vapor, o denso se transforma em sutil.
Os povos de todos os lugares do planeta começam a celebrar o Solstício do Inverno.
É dali que as festas solsticiais se acompanhem do fogo. Inclusive se colocaram tochas nas árvores, para iluminar o caminho e o lugar da celebração. Na noite solsticial se trocam presentes. É noite de solidariedade, de amor e de esperança.
Quando o cristianismo começa a propagar-se na Europa, assimila estas festas solsticiais a seus próprios ritos e símbolos, Daí que se fixa a data de nascimento de Jesus no Solstício de Inverno (Hemisfério Norte). O menino Jesus passa a simbolizar para os cristãos a idéia de solidariedade, amor e esperança. Por isso se colocam luzes nas árvores, a semelhança das tochas que antigamente se colocavam no norte da Europa. Por isso se trocam presentes, ainda que a maioria dos cristãos de hoje, passa a ser simplesmente uma expressão de materialismo e consumismo. Muitos esquecem que não é importante o valor material, senão que cada um deve dar algo de si que possa compartilhar com os demais, para que juntos, unidos em amor e solidariedade, possam melhorar sua qualidade de vida.
É o momento de ter fé e esperança que tudo irá melhorar se tivermos uma atitude interior correta, se amarmos e sermos solidários. daqui

Saturday, December 19, 2009

Caminhos na Mãe Natureza




Mesmo que estejamos sofrendo bastante -junto com a Mãe Natureza-, nas mãos dos governantes de plantão e de outros poderosos, ainda afastados do amor verdadeiro, ignaros de sua própria essência divina, creio mesmo seja tempo de festejar, de celebrar. Não tanto em função dessa barulhenta e consumista data consagrada a papai noel, que veio sorrateiramente substituir quase por completo a bonita tradição dos presépios, do Menino Jesus nascido em pobre manjedoura, o Salvador que resgataria, com seu exemplo e suas palavras, os seres humanos de seu egoísmo, de sua ignorância, de sua condição sombria... Refiro-me à nossa caminhada, à nossa busca interior e às novas ferramentas que agora temos à disposição. Sim, olhando para trás verificamos que avançamos na direção correta, assimilamos melhor as experiências que nos viram como protagonistas: é compensador aliviar o fardo das emoções represadas, vale a pena viver no aqui e agora, é preciso semear bondade, carinho e presença. Descobrimos que somos muitos, que a distância não separa, que o perdão -e não o tempo-, cura as feridas. Aprendemos a viver com simplicidade, a priorizar o SER em vez do TER, a olhar para dentro e, no silencio, encontrar as respostas. Decididamente, através do site interagimos e partilhamos nossas experiências, descobertas e intuições... E o ruído confuso, incessante e outrora perturbador do mundo que nos cerca, começa a ficar mais distante e a incomodar cada vez menos... sabemos tratar-se de algo passageiro, de aprendizado, lembramos que estamos aqui a serviço e não para passar férias, visto que não somos turistas ou passageiros distraídos e sim tripulantes cada vez mais preparados, engajados e hábeis a bordo da espaçonave Terra. O caminho da expansão da consciência individual é longo, na realidade não tem fim, mas é o que salvará a todos, pois não há outra saída mágica ou que possa ser implantada por decreto. Os atalhos -nesse caso-, não estão à disposição. E não será a maioria dos detentores de pomposos títulos, de altissonantes honrarias ou possuidores de espantoso volume de bens materiais a elevar a vibração do sistema, a nos guiar ou acompanhar até a "terra prometida". Para passar de fase precisaremos sutilizar a nossa Alma, deixando-a transparente, impoluta, sem manchas, culpas ou peias que a impeçam de se elevar, de voar livremente. E os Guias me pedem aqui para lembrar que o pecado não é bem aquele que se encontra entalhado, esculpido, nos espreitando e ameaçando a partir das paginas dos vários livros mais ou menos sagrados... Estamos cometendo "pecado" somente quando agimos contra a Unidade, ferindo deliberadamente outros seres humanos ou dos Reinos que nos cercam (e, mas somente na teoria falha, nos situamos em posição privilegiada, como raça dominante, no topo da pirâmide)... saiba mais

Thursday, December 17, 2009

APCA - SINTRA

Fazia frio, muito frio e previa-se neve até para Sintra.
Procurou no armário mantas e agasalhos. Olhou melhor e lá no fundo estavam ainda arrumadas as mantas que foram do seu cão. Quando ele morreu , de velhice, não se quiz desfazer das mantas , da caminha onde ele nem sempre dormia pois preferia ficar no tapete perto dos donos. Lavou e guardou tudo. Mas agora não se justificava mais .


Pegou em tudo, passou no super a comprar ração e foi a S. Pedro de Sintra levar
para os cães abandonados.
é uma euforia , quando alguém chega ao pé da porta...
todos vêm , todos se atropelam , na esperança que um dia alguém os leve


Precisam de padrinhos, de ajuda, de comida, de mantas!
Precisam de alguém que compre o terreno onde estão alojados para ser possivel a mudança para um novo terreno cedido pela Câmara.
Até lá, olham-nos com insistência, com interrogações ou apenas com alguma indiferença , que a espera tem sido longa...

APCA
Associação de Protecção de Cães Abandonados

Tuesday, December 15, 2009

jornal do sul

http://www.jornalosul.com/na_vigia.html

Ainda em versão on-line e a partir de 14 de Janeiro em versão impressa."

Thursday, December 10, 2009

Senhora das Mercês

Acordou de nariz torcido sem vontade de falar com ninguém, ninguém mesmo.
Fez o pequeno almoço, olhou as plantas e os pássaros lá fora na rua e saiu.
Foi dar uma volta, que a manhã estava agradável naquele dia feriado, apesar do chuvisco.
Avistou a Capela e apeteceu-lhe entrar. Parou o carro no terreiro da feira, mas alguém teve a mesma ideia.
Acelerou o passo porque não estava virada para conversas. Mas atrás de si ouviu um agradável :- Bom dia !
Desligou as luzes do carro?
Não pode deixar de responder e de sorrir para a boa senhora...
Entrou então na Capela e deixou-se levar pelos cânticos que se ouviam, pelas imagens de outrora, pela profusão de velas acesas à Senhora das Mercês






Realizada no sítio das Mercês, um baldio entre Algueirão e Rinchoa, segundo rezam alguns documentos bastante antigos, a feira das Mercês existe desde os tempos da ocupação dos Árabes, sendo então uma feira de escravas. Nesse local existia uma espécie de gruta com uma ermida, que recebia diversas romarias em devoção à Senhora das Mercês. O Marquês de Pombal, que tinha grande devoção pela Senhora das Mercês, em 1765 mandou edificar um solar naquele local, a “Casa Pombal”, que ofereceu ao seu filho mais velho, Paulo de Carvalho e Mendonça o qual passou a habitar; junto ao solar foi erigida uma capela em honra da Senhora das Mercês.

A feira continuou a fazer-se no lugar da ermida, porém, em 1771, o Marquês de Pombal transferiu-a para Oeiras, para perto do seu palácio-residência, mas anos mais tarde, por ordem da Rainha D. Maria I, voltou ao seu local de origem. A feira das Mercês tornou-se famosa e passou a efectuar-se semestralmente, na Primavera e no Outono, ali se mercavam cereais, hortaliças, frutas da época, carnes fumadas e em salmoura, leitão assado de Negrais, assim como utensílios agrícolas e trajes. Também se passou a confeccionar na feira a famosa “carne às mercês”, que ficou até aos nossos dias como prato típico desta zona.
daqui

Saturday, December 5, 2009

Mon chéri







Comeram juntos o último Mon Chéri , despediram-se (uma vez mais ) e ficou especada na rua deserta a vê-lo partir, sentindo uma lágrima a saltar pelo canto do olho ...



Sabia que seria assim , já o pressentira há dias, aquela tristeza surda a invadi-la, a vontade de ficar enrolada no sofá sem falar, sem comer, sem nada fazer, as noites sem o sono chegar. Mas assim tinham decidido. Ela até o incentivara a aceitar aquele cargo numa terra distante que afinal era a dele, tudo pelo desenvolvimento económico, social e ambiental do local; ele sorrira com as ideias loucas dela , mas congratulou-se por ela ser assim.



Afinal , sempre tinham vivido em casas separadas, cada um na sua, qual Sartre e Simone de Beauvoir, mesmo depois de a filha ter nascido, contra tudo e todos. Só há bem poucos anos tinham decidido juntar os trapinhos porque eram diferentes, informais, avançados no tempo e na época. Ela sempre vivera só, desde os vinte anos , a familia nunca a aceitando bem desde que nascera. Habituara-se a passar natais e fins de ano sem ninguém , completamente só - por vezes, decorava a casa e fazia uma ceia à luz das velas , só para ela; noutros anos não fazia nada, rigorosamente nada; uma vez , até passara a noite de natal num qualquer quarto de hotel , em África, não havia jantar mas o room-service mandou-lhe um bife duro e gelado lá pelas dez da noite sem mesmo um champagne para esquecer as mágoas ...



Pois ... tempos novos se avizinhavam, noites frias e dias ocupados, sem a pressa de chegar a casa porque ele também estava a chegar, sem a obrigação de fazer o jantar ou levantar-se de manhã para tomarem o café juntos ou darem dois dedos de conversa - como era possivel ao fim de tantos anos ainda terem tanto para dizer ou para dar?



Abraçaram-se uma vez mais . Sorriram num adeus de despedida, num tão longe e tão perto que só os aproximava mais. E ele partiu.



Ligou-lhe a meio caminho , para saber se ela estava bem , para lhe dizer que tinha parado aonde ela dissera e comprara a pen que lhe fazia falta. Ligou-lhe quando chegou.



Ela ficou o resto do dia em casa, a arrumar coisas, pôr outras em ordem , a escrever no blog o que lhe ia na alma . A olhar pela vidraça a chuva que caía lá fora ...

Wednesday, December 2, 2009