Sunday, November 22, 2009

Caniche desesperado

Estou tão triste ...! Já adivinho o que se vai passar...
Vejo-os daqui a arrumarem as tralhas , as coisas deles ...
E as minhas ? E eu?

Quem fica comigo ?
Os meus donos estão doentes e não me podem levar , lá para onde vão .
Sempre tive uma familia que tratou bem de mim durante todos estes anos . E agora vou ser entregue a uma Associação.
Não há ninguém que me queira ?
Sou simpático , brincalhão, sossegado e estou habituado a estar em casa, a passear com o meu dono e a aturar aquela gata que come do meu prato.
Quem fica comigo ?


Friday, November 20, 2009

Renda de bilros

A confecção da renda é efectuada sobre uma almofada dura em que é pregado um papelão - chamado “pique” –, crivado de furos que determinam o desenho.Nesses furos são espetados alfinetes que a rendilheira vai mudando de lugar à medida que o trabalho se desenvolve.


A origem das rendas não é consensual. A teoria mais aceite, formulada por vários estudiosos, é a de que são oriundas do oriente (da China ou da Índia), tendo chegado a Portugal através da Itália.
Na Europa tiveram época áurea as de Milão e de Bruges, chegando os padres a encomendá-las para os seus trajes e as noivas para os seus vestidos. Em Portugal as rendas flamengas estiveram muito em voga no tempo de D.João V.
Daqui, esta forma de artesanato passou à Madeira e aos Açores, e foi pelas mulheres portuguesas que chegou ao Brasil, onde é praticada principalmente no Nordeste.


Os fios são manejados por meio de bilros, que são pequenas peças de madeira torneada. Numa das extremidades de cada bilro está enrolado o fio, enquanto que a outra extremidade tem a forma de esfera ou de pêra, conforme o uso na região. Os bilros são manejados aos pares pela rendilheira que, habilmente, imprimindo um movimento rotativo e alternado a cada um dos bilros, e orientando-se sempre pelos alfinetes, vai-os mudando à medida de o trabalho progride. O número de bilros utilizado varia conforme a complexidade do desenho, havendo trabalhos em que são empregues 14, 18, ou mesmo mais de vinte pares de bilros.






Rendas de Peniche
Tecidas cuidadosamente pelas mãos das mulheres penichenses, as Rendas de Bilros escondem uma técnica secular de origens misteriosas.
Dividida em rendas eruditas (desenho e técnica) e rendas populares (renda antiga), a renda de bilros de Peniche tem um pormenor que as distingue de outras produzidas em Portugal: o processo de urdidura. As rendilheiras de Peniche trabalham com as palmas das mãos voltadas para cima. Outro pormenor característico é o facto de, nestas rendas, não se distinguir o direito do avesso.
A minha Avó Angélica fazia rendas de bilros, sua mãe também. Nascidas na zona e com uma madrinha em Peniche cedo aprenderam a técnica que dominavam na perfeição. Em pequena , comecei a aprender e a Avó até mandou fazer uma almofada de dimensões reduzidas para as netas trabalharem . Há tempos atrás, quiz recomeçar e fui muitas tardes até um local perto de Peniche para reaprender , mas é longe e a minha vida profissional não o permite. Assim, fica-me a esperança de um dia encontrar alguém aqui por perto. Fica-me a angústia de não saber fazer!

Tuesday, November 17, 2009

cartas de 1911




Outubro de 1911

Que esforços sobre-humanos eu fiz, Meu Deus, para que ao separarmo-nos não me deslizassem pela face as lágrimas, esse mar de dores cuja profundidade não é dado sondar ao pensamento.
Assomando-me aos olhos naquele instante, e não podendo banhar-me o semblante, evaporaram-se no ar, e, como disse Dante, o grande pintor de todas as dores humanas, granizaram sobre o meu pobre coração. A minha alma foi magra e forte e ergueu-se tenaz contra o peso que queria esmagá-la e a imensa dor, que então senti , disse-me quanto te quero, quanto te amo e … cri em mim próprio e no futuro.

Li e reli o teu Diário, ou antes o teu conto de amor, verdadeiro queixume de um coração namorado e enfermo, que possui o sentimento, essa fonte infinita de inspiração e de vida.

Os seus trechos têm secretos encantos , inexplicáveis harmonias; são suaves gorjeios, assentos cheios de tristeza, emoções de uma alma acesa em amor.

Se eu tivesse feito o meu, verias como as nossas lágrimas se confundiam, chorando quando tu choravas, pois fui teu comensal constante no tanque dos sofrimentos e tristezas.

Sofri também muito, juro-te, nesta tormentosa paixão, mas preferi sempre o padecimento ao gelo da indiferença que sempre me mostravas , e assim o amor enchia-me o espírito como a atmosfera e sorria-me como o sol na inteligência.

Mas hoje através dos seus raios minha alma vê o mundo e adivinha o céu e a vida vai decerto correr-me como fonte murmurante límpida, que faz brotar flores e retratar nos seus cristais o azul do céu.

Que enorme sacrifício, um dos maiores da minha vida, o inutilizar essas tuas páginas de lágrimas ardentes, de suspiros sufocados, de horas de tristeza, de infinita dúvida, de receios e sustos, de tudo quanto de triste e lastimoso dá de si o amor!

Mas tu assim o quiseste e eu sei sempre cumprir o que prometo. Não te inquietes, o meu pensamento não te deixará um instante. Escuta-me, obedece-me, cumpre o que me prometeste, trata de ti, sossega e descansa.
Um beijo do teu…

Thursday, November 12, 2009

Memórias de familia

Casualmente , encontrou no mail umas fotos antigas que a prima lhe tinha enviado e as memórias avivaram-se-lhe como se fosse hoje, como se um turbilhão desabasse nela .
Em cima: Cristina, José Vitorino, Maria de Jesus e João
a avó Maria Angélica , com 86 anos , mãe dos meninos de cima

a mesma Avó, quando nova



avó e neta (Mª Gabriela, filha de Maria de Jesus)

“Cada um que passa em nossa vida passa só, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova de que duas almas não se encontram por acaso…”
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela."

Tuesday, November 10, 2009

Castanhas




Com o Outono chegam as castanhas assadas.
Sabia que as castanhas, que actualmente são quase um pitéu, tiveram, noutros tempos, uma enorme importância na dieta dos portugueses? No século XVII, eram mesmo um dos produtos básicos da alimentação dos beirões e transmontanos, chegando, se necessário, a substituir o pão ou as batatas.
A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos e a respectiva árvore - Castanea sativa - foi introduzida na Europa há cerca de três mil anos. Contudo, no livro de Jorge Lage, "Castanea...", no sub-capítulo, "O castanheiro em Portugal", na página 35, ao citar o mais importante botânico nacional vivo, Prof. Jorge Paiva, refere-se que os estudos polínicos levados a cabo na Serra da Estrela provam o contrário, apontando para uma data bem mais recuada, e hoje é considerada uma árvore autóctone.
A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte potássio.
As castanhas são comidas assadas ou cozidas com erva-doce. Mas, antes de cozinhadas, deve-se retalhar a casca. Como se pode ver no quadro, têm bastante água e, quando são aquecidas, essa água passa a vapor. A pressão do vapor vai aumentando e "empurrando" a casca e, se esta não tiver levado um golpe, a castanha pode explodir. O amido é uma reserva de energia das plantas e existe, sobretudo, nas raízes e nas sementes. Surge com uma estrutura coesa e organizada, com zonas cristalinas e outras amorfas, chamada grânulo.
Quando cozinhamos alimentos com elevadas percentagens de amido um dos objectivos é torná-los digeríveis. A frio, a estrutura do amido mantém-se inalterada. Mas, quando é aquecido na presença de água (e a castanha contém água na sua constituição), grandes modificações ocorrem. A energia térmica introduzida enfraquece as ligações entre as moléculas do amido, a estrutura granular "relaxa" e alguma água penetra no interior dos grânulos, que incham, formando um complexo gelatinoso com a água. É isto o que acontece quando cozinhamos castanhas e lhes altera a textura.
A recolha de dados para este trabalho centralizar-se-á sobretudo na excelente obra de Jorge Lage «Castanea – Uma Dádiva dos Deuses», cuja publicação teve o apoio das Câmaras Municipais de Valpaços e de Mirandela.Existem várias espécies de castanha. Em Bragança as mais comuns são a camarinha, a judia, e a longal ou enxerta.
A castanha tem aplicações na medicina. As folhas, a casca, as flores e o fruto têm sido utilizados devido às suas propriedades curativas e profiláticas, adstringentes, sedativas, tónicas, vitamínicas, remineralizantes e estomáquicas.Pelo seu valor nutritivo e energético, era utiliza outrora em vários estados de mal-estar e doença. É também tónica, estimulante cerebral e sexual, anti-anémica (castanha crua), anticéptica e revitalizante. Para afinar as cordas vocais e debelar a faringite e a tosse nada melhor do que gargarejos com infusão de folhas de castanheiro ou de ouriços. A castanha constitui um tema para ditos, lengalengas, canções, quadras e contos populares, sobretudo no Nordeste Transmontano. Em Mirandela usa-se o termo muchetar as castanhas, cortar com a faca antes de serem cozidas ou assadas. Por associação, levar um muchete é levar um apertão com os dois primeiros dedos da mão, geralmente dados por rapazes ou homens atrevidos a raparigas e mulheres néscias e que pode ser o começo de “entradas mais audazes”. As castanhas assadas e descascadas ou peladas tomam o nome de bilhós (bullós em galego). saiba mais...


Saturday, November 7, 2009

bem haja!

antigamente, o padeiro vinha à porta trazer o pão, pela manhã
vinha a leiteira, o merceeiro, o homem do jornal, a peixeira com a canastra à cabeça, o sr Manel da hortaliça, e tudo o mais que uma pessoa precisasse...
lembro-me que as manhãs na casa da minha avó eram um correpio, da cozinha para a porta e da porta para a janela do 2º andar , a negociar o que era preciso!
depois , os tempos mudaram , apareceram os primeiros supermercados em Lisboa - havia um na 1º de Dezembro e mais tarde outro no Saldanha e pouco a pouco aquele sistema desapareceu, as mulheres deixaram de estar em casa, começaram a trabalhar em locais distantes e as compras faziam-se no regresso. Uma dor de cabeça , por vezes, chegar a casa a horas do jantar, passar na frutaria , no pão, no supermercado, no sapateiro, na escola dos filhos, na esteticista, na oficina quando o carro vai para a revisão...
O pão é sempre complicado , embora por aqui perto a Pastelaria fique aberta até tarde e mesmo depois do jantar ainda se pode ir buscar algum reforço.
Mas agora tudo mudou! Com o bemhaja tenho pão fresco todas as manhãs. Pão e não só ; posso encomendar bolos, tartes , pastéis , leite , manteiga , sumos . E paga-se ao fim do mês, por transferencia .
Vêm de noite, até às 7 da manhã durante a semana e quando te levantas é só ir à porta que o belo do pãozinho está à tua espera!! Nada mais prático.

Aderi ao sistema e estou convencida. Se precisar de alterar a encomenda , basta vir à net até às oito horas da noite ou dar um telefonema. Sou a cliente 65 aqui na zona, porque gosto de inovar, de mudar .E vocês ??

Wednesday, November 4, 2009

Aura Soma


Clique e faça o seu teste - terá certamente informações interessantes !!

Monday, November 2, 2009


DIA 02 DE NOVEMBRO - FESTIVAL DAS FADAS DA NOITE/ FINADOS
As Fadas da Noite facilitam as coisas e retiram obstáculos em todas as áreas da vida. Para agradá-las, coloque um pratinho de mel e algumas pétalas de flores na janela e visualize as fadas aproximando-se. Peça a elas para abrirem seus caminhos ou desembaraçarem algum negócio seu que esteja meio enrolado. Leve flores para seus entes queridos e acenda uma vela, mas combata a tristeza, pois isso os entristece também. Um dia, todos poderemos nos encontrar.


DIA 07 DE NOVEMBRO - FESTIVAL DE KAMI
Kami é uma divindade japonesa que ajuda as mulheres a prepararem os alimentos. Hoje, escolha um bolo diferente e libere sua criatividade realizando na cozinha a alquimia que você pode realizar também na sua vida.
DIA 08 DE NOVEMBRO - DIA DE GWYNN AP NUDD
Neste dia, pela tradição de Gales, celebrava-se o Dia de Gwynn Ap Nudd, o Lorde do País das Fadas que, nesse período, abre as portas do mundo mágico e permite que suas fadas realizem alguns desejos dos mortais que mereçam. Coloque três flores azuis em um vaso durante este dia e um prato de mel na janela durante a noite. Escreva seu desejo num papel azul e deixe embaixo do vaso e do pires.
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