Friday, February 13, 2009

além de falante meu cão era zen


Ah se o meu cachorro soubesse falar
eu passaria horas com ele a conversar sobre a minha vida,
e ele,com toda paciencia,ficaria a me escutar,
e depois,num gesto amigo,me lamberia.
As noites de insônia não me atormentariam jamais,
pois discutiríamos sobre a beleza das estrelas no céu,
e outras cousas que não me recordo mais.
Não me importaria se fosse ele grande ou pequenino,
desde que dividisse um pouco de si comigo,
contando-me histórias sobre o universo canino.
E ao amanhecer,todo contente me falaria,
que melhor dono no mundo não existiria!
Além de falante o meu cão seria zen.
Teria sempre alguma palavra sábia a dizer,
que contaria a mim e a mais ninguém!
Não que fosse ele egoísta,ou quisesse algo esconder,
mas apenas em mim o animal confiaria.
Ao fitar seus olhos envolventes
eu de todo me entregaria,
numa cumplicidade sem igual,jamais vista anteriormente.
E a cada sílaba proferida,eu cada vez mais me orgulharia,
do cão meu tão singular,
que pelo resto da vida me amaria.
Ah se o meu cachorro soubesse falar,
se acabaria,enfim,a minha melancolia.
Ah,se ao menos um cão pudesse me amar.


enviado pela violeta

Wednesday, February 11, 2009

Monday, February 2, 2009

Living Library


Se ler um livro é uma forma de expandir os horizontes, ouvir um livro pode ser um jeito de acabar com o preconceito. Na Living Library (Bilblioteca Viva), é possível ouvir histórias, experiências de vida, pontos de vista. Porque os livros são pessoas, que tomamos emprestados por alguns minutos para conversar – “livros vivos”, que têm títulos como “mulher muçulmana”, “senhor cego”, “jovem imigrante”, “ex-presidiário”. Pessoas que, por causa dos estereótipos, sofrem com a discriminação e o preconceito. Foi para tentar transformar essa realidade que nasceu a Living Library, um projeto criado na Dinamarca, em 2000, por um grupo de jovens da ONG Stop the Violence. A ideia é simples: uma biblioteca com um “catálogo” de pessoas disponíveis para conversar com leitores dispostos a ouvir e a enfrentar os próprios preconceitos. “Porque você usa o véu?”, “O que levou você a cometer um crime?”. O leitor pergunta, o livro responde e, então, se estabelece um diálogo, que pode ser o primeiro passo em direção a uma sociedade mais tolerante. Os “livros vivos” são voluntários, assim como as pessoas que trabalham na biblioteca, que, além de viva, também é móvel, no sentido de que pode ser organizada por algumas horas em bibliotecas públicas, escolas, feiras e instituições. Da Eslovênia ao Japão, do Canadá à Turquia, a Living Library já se espalhou por mais de 20 países e foi reconhecida pelo Conselho da Europa como um instrumento de promoção dos direitos humanos. Em Portugal ou no Brasil, ainda não foi montada a biblioteca viva, mas quantos “livros vivos” não vivem perto de você, esperando uma aproximação, uma palavra, uma conversa?